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Chefes da diplomacia da CPLP “condenam” golpe de Estado de fevereiro na Guiné-Bissau

Os chefes da diplomacia da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), reunidos hoje em Luanda, condenaram a tentativa de golpe de Estado na Guiné-Bissau, em feveiro passado, e apelaram ao diálogo político inclusivo.

No âmbito da concertação político-diplomática, os ministros dos Negócios Estrangeiros e das Relações Exteriores da organização “condenaram a tentativa falhada de tomada de poder pela força na Guiné-Bissau, ocorrida no dia 1 de fevereiro de 2022, e saudaram a resposta das autoridades nacionais que levou ao restabelecimento da ordem pública”, lê-se no comunicado divulgado após o Conselho de Ministros (CM) da CPLP.

No mesmo comunicado, os responsáveis pela diplomacia dos Estados-mebros daquela comunidade “apelaram à manutenção do diálogo político inclusivo, nos termos da Constituição, a fim de garantir a paz e a estabilidade no país, e tomaram nota da decisão da Cimeira de Chefes de Estado e de Governo da CEDEAO de enviar uma força de estabilização na Guiné-Bissau”.

A Guiné-Bissau, um dos nove Estados-membos da CPLP, sofreu uma tentativa de golpe de Estado em 01 de fevereiro, quando homens armados atacaram o Palácio do Governo enquanto decorria uma reunião do Conselho de Ministros, em que participava o Presidente guineense, Umaro Sissoco Embaló, bem como vários membros do Governo da Guiné-Bissau.

O ataque provocou a morte a pelo menos oito pessoas e dezenas de pessoas foram detidas.

A tentativa de golpe de Estado foi condenada pela União Africana, pela Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), através da presidência angolana, pela Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO), pelo secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, por Portugal e por São Tomé e Príncipe.

Hoje, em Conselho de Ministros, os chefes da diplomacia da CPLP também “reafirmaram a sua solidariedade com o Governo e o povo moçambicanos no enfrentamento do terrorismo na província de Cabo Delgado, tendo saudado o apoio dos parceiros internacionais, em especial o que tem sido provido pelos Estados-Membros, com vista à estabilização da situação de segurança, à recuperação e ao desenvolvimento socioeconómico”.

Os membros da CPLP também saudaram “a ação das agências das Nações Unidas no terreno que, juntamente com parceiros humanitários, têm vindo a prestar assistência às populações afetadas” pelos ataques terroristas naquela província de Moçambique, segundo o comunicado.

Os responsáveis da diplomacia dos países lusófonos reuniram-se hoje em Conselho de Ministros, em Luanda, com a cooperação económica na comunidade como tema central, mas no debate também não esqueceram a guerra na Ucrânia.

A XXVII Reunião Ordinária do Conselho de Ministros da CPLP decorreu “de forma presencial” num hotel de Luanda.

Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Guiné Equatorial, Moçambique, Portugal, São Tomé e Príncipe e Timor-Leste são os nove Estados-membros da CPLP.

Lusa

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