“Angolanas e Angolanos Caros Compatriotas Todos os anos, por esta ocasião, as famílias angolanas comemoram o Natal e o Ano Novo com alegria e o desejo de ver nascer um novo ano que nos traga mais saúde, felicidade e prosperidade.

Nesta quadra festiva, renovamos os mesmos votos, augurando um Feliz Natal e um Ano Novo próspero para todos os angolanos. Após quase dois anos da pandemia da COVID-19, que atingiu com particular severidade todos os países do mundo, é para nós constrangedor constatar que o ano que agora termina não é ainda o do regresso à normalidade.
A realidade dos factos no mundo aponta para uma propagação muito rápida do vírus SARS COV-2 na sua mais recente variante, o que nos alerta para a necessidade de se encarar a situação com a seriedade que se impõe.
O aumento vertiginoso do número de casos nos últimos dias levou as autoridades angolanas a introduzir um conjunto de medidas preventivas que, se contarem com a colaboração dos cidadãos, podem garantir-nos um início de ano sem grandes sobressaltos e fazer de 2022 o ano do tão almejado regresso à normalidade.
Para além das medidas restritivas e de biossegurança recomendadas pelas autoridades competentes, a vacinação em massa dos cidadãos continua a ser a medida mais eficaz na luta contra esta pandemia. Angola dispõe de vacinas em quantidade suficiente e à disposição gratuita de todos os cidadãos residentes no nosso país.
Mais uma vez, apelamos aos cidadãos a comparecerem nos postos de vacinação para apanhar a vacina, e que tenham em conta que só está realmente protegido quem apanhar as duas tomas da vacina, dentro dos prazos que as autoridades sanitárias definiram. Em dois anos, esta pandemia prejudicou a vida das pessoas, das famílias, das empresas e das economias mundiais independentemente da sua robustez.
Reduziu a produção e oferta de bens e de serviços, encareceu o preço do frete marítimo, estrangulou toda a cadeia logística do comércio mundial e aumentou o desemprego e, consequentemente, a pobreza e a fome. Neste mundo globalizado, Angola também sente as consequências nefastas da pandemia.
Por esta razão, e no intuito de minimizar o sofrimento das populações, para além do programa de transferências monetárias KWENDA, o Executivo angolano tomou outras medidas de alívio, nomeadamente fiscais para reduzir os preços de alguns produtos essenciais e de grande consumo, aumentando o poder de compra dos cidadãos menos favorecidos.
Em termos de crescimento económico, perspectivamos um bom ano de 2022, mas este prognóstico só será realizável se conseguirmos chegar o mais próximo possível do normal, com níveis baixos de incidência do COVID-19, para que as empresas produzam os bens e serviços essenciais para o consumo e para exportar, garantindo assim a manutenção e a criação de novos postos de trabalho.
Caros Compatriotas Nesta ocasião, permitam-me manifestar um gesto de solidariedade para com os doentes acamados, os internados em lares de acolhimento de crianças e da terceira idade, os sem abrigo, os cidadãos privados da sua liberdade, os aquartelados e todos aqueles não citados que, por diversas razões, se vêm privados do convívio familiar.
Uma palavra de encorajamento e solidariedade para as populações do sul de Angola, do Cunene, do Namibe e da Huíla, vítimas directas das alterações climáticas cujas consequências são, no caso concreto dessas províncias, a seca severa e continuada que ameaça a vida das pessoas e do gado.
Para todas as famílias angolanas, uma palavra de fé e esperança por dias melhores. Vacine-se para se proteger, para proteger aqueles que amamos, proteger o próximo, proteger a Humanidade.
Feliz Natal Um Próspero Ano Novo!