A variante Ómicron do coronavírus, causador da covid-19, já foi detetada em 110 países e continua a propagar-se de forma exponencial, duplicando os seus casos nas comunidades em dois a três dias, afirmou hoje a Organização Mundial de Saúde.
Numa atualização do resumo técnico sobre a Ómicron, a OMS refere que, até quarta-feira, 22 de dezembro, esta variante tinha sido detetada em 110 países localizados nas seis regiões da OMS.
A OMS realça ainda que a doença continua a propagar-se de forma exponencial, duplicando os casos nas comunidades atingidas em dois a três dias.
No entanto, sublinha que as taxas de contágio desta nova variante estão a baixar na África do Sul, o país onde foi inicialmente detetada, muito devido ao declínio das taxas de contágio na província de Gauteng, onde se localizam as cidades de Pretória e de Joanesburgo.
Dados procedentes de focos de contágio na África do Sul, Reino Unido e Dinamarca parecem sugerir um menor risco de hospitalização em pacientes que contraíram a variante Ómicron em comparação com os que foram infetados com a variante Delta, realça a OMS.
No entanto, a organização sublinha que a compreensão desta variante está a evoluir à medidas que mais evidências ficam disponíveis, pelo que analisa estes dados com prudência.
Outros estudos preliminares em vários países indicam uma redução da proteção das vacinas como a AstraZeneca ou a da Pfizer-BioNtech perante a variante Ómicron, embora no caso desta última uma dose de reforço parece aumentar a sua eficácia, indica ainda a OMS.
A covid-19 provocou mais de 5,37 milhões de mortes em todo o mundo desde o início da pandemia, segundo o mais recente balanço da agência France-Presse.
A doença respiratória é provocada pelo coronavírus SARS-CoV-2, detetado no final de 2019 em Wuhan, cidade do centro da China, e atualmente com variantes identificadas em vários países.
Uma nova variante, a Ómicron, classificada como preocupante pela Organização Mundial da Saúde (OMS), foi detetada na África Austral, mas desde que as autoridades sanitárias sul-africanas deram o alerta, a 24 de novembro, foram notificadas infeções em pelo menos 89 países de todos os continentes.
Lusa