As empresas de segurança privada que operam no país sem licenciamento serão, nos próximos dias, impedidas de exercer a actividade, informou, esta quinta-feira, em Luanda, o director de operações e segurança pública da Polícia Nacional, comissário Orlando Bernardo.
Ao intervir num encontro com representantes de empresas de segurança privada pertencentes a firmas petrolíferas, a alta patente da Polícia Nacional disse que, doravante, só deverão continuar a exercer esta actividade as instituições que estejam devidamente licenciadas para o efeito.
Na ocasião, o responsável informou que, este ano, 149 vigilantes foram detidos por suposto envolvimento em vários crimes, entre os quais o contrabando de combustível.
“A Polícia Nacional apreendeu 6.388.256 litros de combustível que estavam a ser contrabandeados por supostos agentes de empresas de segurança privada, tendo sido instaurados 134 processos-crime”, salientou.
Informou que, no período em referência, a Polícia Nacional identificou mais de mil vigilantes sem qualquer formação, facto que a corporação pretende pôr termo com a implementação de acções de capacitação em estabelecimentos especializados.
Entretanto, o especialista em segurança pública Luís Mebroa enalteceu a medida da Polícia Nacional em impedir a actuação das empresas de segurança privada sem licenciamento, assim como de capacitar os seus vigilantes.
“Esta atitude vai contribuir na melhoria da actuação das empresas de segurança privada em termos de asseguramento dos cidadãos”, acrescentou.
Angop