O Ministério da Energia e Águas realiza, quarta-feira (01), na província do Cunene, o acto de consulta pública dos projectos estruturantes de combate à seca nos municípios do CuroCa e Cahama.
O referido estudo enquadra-se no Programa Emergencial de Combate à Seca na província do Cunene, descritos nos lotes 7, 8 e 9.
O acto terá lugar na comuna do Oncócua, sede municipal do Curoca, 340 quilômetros da cidade de Ondjiva, sob orientação do Ministro da Energia e Águas, João Baptista Borges.
O mesmo visa dar a conhecer às entidades públicas e privadas, organizações da sociedade civil locais, bem como pessoas interessadas nos referidos municípios, os projectos em desenvolvimento e recolher as impressões e recomendações de forma a assegurar as melhores soluções para a região.
As soluções a serem apresentadas contemplam a construção de uma barragem no Rio Caculuvar na secção da Cova do Leão, com 17 metros de altura e capacidade de armazenar 25 milhões de m³ de água.
Faz igualmente parte do programa a construção de sistemas de abastecimento de água para as Comunas de Cahama e Otchinjau a partir da captação da Cova do Leão.
Para o município do Curoca, o Executivo prevê a construção de sistema de abastecimento de água na Comuna de Oncócua, a partir da execução de furos de captação, bem como de um sistema de abastecimento de água para a Comuna de Chitado a partir da captação do Rio Cunene;
O fim da seca do município do Curoca deverá passar também pela reabilitação de nove pequenas barragens de retenção de água.
As referidas represas permitirão a prática de agricultura de subsistência, abeberamento do gado e pesca.
Estão igualmente previstos pequenos sistemas de tratamento e distribuição de água.
As medidas buscam a sustentabilidade do programa, não se restringindo ao atendimento das regiões no momento actual, tendo como horizonte de projecto de 20 anos.
Deste modo, as intervenções abrangem cerca de nove mil ligações domiciliárias, sete mil ligações por torneiras de quintal e 250 chafarizes, todos abastecidos por mais de 67 km de rede de distribuição.
De forma a garantir a viabilidade e reforçar a sustentabilidade das soluções, o programa prevê ainda a implantação de sistemas fotovoltaicos para abastecimento de energia às infraestruturas, bem como a sua manutenção e operação por um período de dois anos, pelo empreiteiro.
Esta igualmente definida a contratação e a capacitação de uma equipa técnica dedicada à futura operação e manutenção, garantindo a longevidade das intervenções.
As obras previstas terão duração de 28 meses e irão gerar cerca de mil 400 empregos directos.
No geral, estes projectos vão melhorar a qualidade de vida da população da região, possibilitando o acesso à água potável de qualidade a mais de 130 mil pessoas, bem como garantir a sustentabilidade da criação de mais de 30 mil de cabeças de gado bovino e caprino.
As acções em estudo terão igualmente impacto na redução do abandono escolar, na promoção da indústria, do comércio e do turismo turismo na região.
Angop
