Sexta-feira, 27 de Junho, 2025

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Ministério da Saúde elabora mapa de riscos epidemiológico

O Ministério da Saúde, com o apoio da Organização Mundial da Saúde (OMS), está a elaborar um mapa de riscos epidemiológico, com dados técnicos e estratégicos sobre a prevenção e material de tratamento de epidemias e pandemias.

Segundo o secretário de Estado para a Saúde Pública, Franco Mufinda, que falava à imprensa à margem do workshop sobre o” Mapeamento de Riscos com impacto na Saúde Pública em Angola”, o documento (mapa) vai identificar os pontos críticos, em que período pode surgir um surto,  onde e como agir, bem como antever e evitar que possam surgir.

Conforme o responsável,  o workshop vai servir  para traçar  planos  para a criação de algumas políticas que ajudem no acesso a dados do ponto de vista epidemiológico, na quantificação ao nível de laboratórios, identificar as doenças ao longo do ano e saber até que ponto se pode agir e encontrar soluções para as emergências de saúde do país.

Adiantou que o projecto congrega meios humanos e materiais, e conta com a contribuição de vários departamentos ministeriais de avaliação de risco em saúde.

“Há uma ferramenta, denominada Regulamento Sanitário Internacional, que inclui vários sectores, porque a saúde pública significa ter um olhar mais holístico e vai para além do Ministério da Saúde”, disse.

Franco Mufinda considera que, para situações de pandemias e endemias não esperadas, o sistema de saúde tem de se preparar para dar resposta.

“A questão de riscos traz à tona determinantes sociais que envolvem alguns sectores como a pobreza, que não depende da saúde, mas que cruza muita com a malária, a tuberculose e a cólera”, afirmou.

Por sua vez a representante da OMS em Angola, Djamila Cabral, considerou que as emergências de saúde pública em África são um grande problema, daí que a organização desenvolveu a ferramenta “STAR” de avaliação de riscos que ajudará a criar o mapa.

Segundo a responsável, o mapa irá incluir toda informação existente, não só da saúde, mas também de outros sectores para ajudar a planificação em situações de emergência de saúde.

Fez saber que em cada 3 a 4 dias a região africana regista situações de emergência.

Os riscos epidemiológicos, explicou, serão listados em termos de prioridades, os mais perigosos serão seleccionados  para uma futura criação e preparação para resposta.

“Como não é possível fazer tudo, a ferramenta oferece um quadro para fazer uma planificação baseada em evidências e prioridade, identificar os mais perigosos e consequentemente as acções a serem feitas pelo Governo e parceiros.”, salientou.

O encontro conta com a participação de 45 técnicos de vários sectores ministeriais, que vão beneficiar de formação nas áreas de Identificação de risco de saúde pública, preparação e elaboração do plano nacional de contingência multirrisco, uso de ferramentas de recolha de dados e tem como formadores peritos da região africana.

Angop

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