Segunda-feira, 20 de Outubro, 2025

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Adalberto Costa Júnior pronto a encarar processos judiciais

O presidente da UNITA, Adalberto Costa Júnior, disse estar pronto a encarar eventuais processos em tribunal, remetidos por militantes do seu partido que exigem a sua destituição do cargo.

Adalberto Costa Júnior que discursava, esta sexta-feira (9), em Viana, no lançamento das actividades alusivas ao 18 de Julho, dia do patrono JURA, David Jonatão Chingunji – tombado na localidade de Kavimbi (Moxico), em 1970 -, disse que não teme o facto de existir um processo junto do Tribunal Constitucional para a sua destituição.

“Não temos nada a esconder, mas arrisca muito quem assim pratica”, disse.

“Porque eu sou dos que acha que todas as acções provocam uma reação, é a (lei da) Física”, sublinhou.

“Nós somos pelo diálogo, quando eu digo reacção não é violência para o país”, esclareceu Adalberto Costa Júnior.

“Esta acção caracterizará melhor quem está por trás dela, elucidará melhor, tudo tem consequências e tudo tem um ganho depois”, afirmou o líder na UNITA.

Nos últimos meses, um grupo de militantes da UNITA fez ataques à liderança do partido e dirigiu-se ao Tribunal Constitucional para exigir a impugnação do congresso que elegeu o actual presidente. O grupo, liderado por Kawiki Sampaio da Costa, antigo secretário para a mobilização da UNITA em Luanda, acusa Adalberto Costa Júnior de violar algumas normas dos estatutos do partido, entre as quais, o facto de ACJ, alegadamente, ainda ter dupla nacionalidade, angolana e portuguesa.

No seu discurso, o líder do maior partido da oposição exortou os jovens a uma maior participação nas eleições gerais de 2022.

“Se nos faltam 12 meses para a realização das eleições, é fundamental que eu diga a juventude: jovens deste país (…) os senhores sejam protagonistas do vosso futuro, não aceitem ser arredados de serem protagonistas do vosso futuro”, exortou.

Adalberto Costa Júnior disse ainda esperar que as razões que levaram a não realização das eleições autárquicas não sejam usadas pelo executivo para a não realização das eleições gerais de 2022.

“Nós estamos a um ano do processo eleitoral, de um compromisso público de realizarmos as eleições gerais, mas são mutos os angolanos que se questionam (…) aquilo que serviu para não fazer as autarquias, pode ou não servir para fugir das eleições gerais”, questionou.

ACJ foi peremptório ao afirmar que “não há nenhuma razão que justifique esse adiamento”.

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