A rede de supermercados e hipermercados Kero, do grupo Zahara, vão a concurso público, a partir de segunda-feira,21, para a gestão privada de um total de nove empreendimentos detidos pelo Estado com 90 por cento do capital social.
No quadro deste processo, de acordo o presidente do Conselho de Administração do Instituto de Gestão de Activos e Participações do Estado (IGAPE), Patrício Vilar, será feita uma cessão do direito de gestão da referida rede.
O vencedor do concurso poderá ser conhecido nos finais de Setembro, deste ano, de acordo com o responsável, que falava nesta sexta-feira, à imprensa, no final da reunião da Comissão Nacional Interministerial (CNI) do programa de privatizações (Propriv), orientada pelo ministro de Estado para Coordenação Económica, Manuel Nunes Júnior.
As multinacionais Carreflour e a Shoprite estão na corrida para a gestão dos estabelecimentos comerciais do Kero.
Patrício Vilar admitiu, por exemplo, ter informações sobre a manifestação de interesse pela Carrefour sem, no entanto, ter avançado mais detalhes a respeito.
Actualmente, as prateleiras do Kero estão com pouca diversificação de produtos, fruto das dívidas de milhões de dólares da empresa, junto à banca.
Outros activos que passam a gestão privada estão ligadas à rede de hotéis do Infotour-Instituto de Fomento Turístico Fomento de Angola, erguidas nas províncias de Benguela, Huila e Namibe.
As peças e procedimentos para o referido concurso serão lançadas, proximamente, de acordo com o responsável.
No ramo das telecomunicações, também vão à privatização as participações do Estado, detidas na Multitel (90%), por via do leilão em bolsa, TV Cabo (50%), por oferta pública inicial (OPI), enquanto decorre a alienação dos activos Net One ( 51%).
Na lista das privatizações, para os próximos tempos, constam, de igual modo, a venda dos activos do Estado, na Sonangalp (51% ), por via OPI, cujo concurso será lançado em breve.
Dados do Instituto de Gestão de Activos e Participações do Estado (Igape) dão conta que, de 2019 a 2020, 33 activos foram privatizados, contribuindo para o erário com AKZ 355 120 mil milhões de kwanzas, com alienação de infraestruturas do ramo da indústria têxtil, bebidas, unidades agropecuárias e industriais, entre outros empreendimentos.
O Propriv foi criado com o fito de reduzir a intervenção do Estado na economia e promover o fomento empresarial, assim como reforçar a capacidade empresarial.
Angop