A FNLA prevê realizar, de 16 a 19 de Junho próximo, o seu V congresso ordinário, visando preparar o partido para as eleições autárquicas e gerais.

A informação foi prestada, esta sexta-feira, pelo secretário-geral da FNLA, Aguiar António Laurindo, na cerimónia de apresentação do programa político da organização para o corrente ano.
O partido se propões intensificar o trabalho organizativo a nível dos municípios e apoiar as iniciativas que contribuam para a divulgação das ideias e programas da organização.
O presidente do partido, Lucas Ngonda, espera que a organização recupere a mística que foi perdendo ao longo dos anos e se fortaleça para continuar a luta pelo bem-estar do povo angolano.
Disse que as boas intenções devem acompanhadas de responsabilidade e convicção.
Lucas Ngonda considerou ser essencial que se reabra a escola do partido para a educação política de dirigentes e militantes.
Fundada em 1954, a FNLA tem um, dos 220 deputados, na Assembleia Nacional.
Lucas Ngonda reprova Protectorado Lunda Tchokwe
No mesmo acto, o presidente da FNLA, Lucas Ngonda, considerou a existência de um protectorado Lunda Tchokwe, com objectivos independentista, “ideia de demónios”.
Segundo o político, o protectorado é contra o espírito de unidade que norteou as independências dos países africanos, que estabelece o respeito pelas fronteiras herdadas da colonização, e potencia confrontos intermináveis.
Acredita haver interesses inconfessos por trás deste movimento e
considerou “feio” o aproveitamento de alguns partidos ao incidente de 30 de Janeiro deste ano, em Cafunfo, de que resultou seis mortos, de acordo com dados oficiais.
Lucas Ngonda disse não ter havido uma manifestação em Cafunfo, mas uma tentativa de ataque à unidade policial para recuperar 63 pedras de diamantes que haviam sido apreendidas dias antes.
Para o político, o Estado pode evitar situações do género legalizando a exploração artesanal, criar na região fábricas de delapidação de diamantes.
Aconselha a melhoria das condições sociais das populações, de modo a beneficiar dos recursos existentes na província.