O Ministério Público na província do Bengo trabalhou, durante o ano de 2020, em 36 processos de peculato, que envolveram gestores públicos, tendo alguns já sido condenados por esses crimes.
No âmbito dos crimes em instrução preparatória, foram apreendidas 30 viaturas, dentre algumas que ainda estão por apreender.
Foram igualmente confiscados sete imóveis da Igreja Universal do Reino de Deus e dois hotéis IU, por orientação do SIC central e dos Serviços de Recuperação de Activos do Estado.
Ao fazer o balanço das actividades realizadas no ano prestes a findar, a sub-procuradora geral da República titular da província do Bengo, Carla Patrícia Correia, referiu que o Ministério Público (MP), trabalhou em três processos de branqueamento de capitais, três de burla por defraudação, um de abuso de confiança, oito de corrupção passiva, quatro de corrupção activa, três de tráfico de influência e dois de falsificação de documentos.
Neste momento, está ainda em curso um processo-crime contra o colectivo de júri e alguns candidatos que participaram do concurso público na educação em 2019 e anulado por irregularidades, assim como um processo-crime sobre a Covid-19 em que é co-arguida a directora da Saúde, Victória Cambuanda, que se encontra suspensa das suas actividades.
Apesar das dificuldades e da pandemia da Covid-19 que impediu a realização de algumas acções, com destaque para a semana da legalidade, a sub-procuradora geral da República titular na província disse que a PGR no Bengo cumpriu a sua missão.