O Secretário de Estado para o Planeamento, Milton Reis, chamou a atenção para a “vertiginosa” queda da produção do crude, que em breve deverá situar-se abaixo de 1 milhão de barris por dia.
O declínio da produção deve-se ao facto que muitos dos poços estão a chegar ao fim da sua vida útil e a falta de investimentos substâncias para substituição e descoberta de novos poços.
O governante avançou estas informações, na terça-feira (24), durante o encontro de auscultação aos departamentos ministeriais, promovido ontem pela Comissão de Economia e Finanças (5ªCTE), no âmbito da apreciação, na especialidade, da Proposta de Lei do Orçamento Geral do Estado para o exercício económico de 2021.
Segundo Milton Reis, a situação poderá ser agravada pela promoção, a nível mundial, de uma nova matriz energética, mais flexível e mais verde, que prevê até 2030 a substituição dos derivados de petróleo por fontes renováveis (solar, eólica e hídrica).
“No futuro, perante a ameaça das mudanças climáticas, as chamadas fontes limpas vão tornar-se a escolha óbvia de qualquer tipo de projecto em transporte, construção, indústria, comércio”, disse.
Milton Reis focou, por essa razão, a sua intervenção na galvanização do Programa de Apoio à Produção, Diversificação das Exportações e Substituição das Importações (PRODESI), que conta já com a realização de uma série de investimentos de apoio ao sector empresarial, em parceria com o Banco Mundial.
Recordou que o programa do Executivo pretende acelerar a diversificação da produção nacional e geração de riqueza, num conjunto de produções com maior potencial de geração de valor de exportação e substituição de importações, designadamente nos sectores da Alimentação e Agroindústria, Recursos Minerais, Petróleo e Gás Natural, Florestal, Têxteis, Vestuário e Calçado, Construção e Obras Públicas, Tecnologias de informação e Telecomunicações, Saúde, Educação, Formação e Investigação Científica, Turismo e Lazer.
