Domingo, 22 de Dezembro, 2024

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China culpa políticos dos EUA por queda de sua imagem no Ocidente

O governo chinês atribuiu, nesta sexta-feira (9), sua má imagem nos países ocidentais às “mentiras de certos políticos americanos”, após a divulgação de uma pesquisa publicada nos Estados Unidos esta semana.

De acordo com uma pesquisa publicada na terça-feira (6), a percepção da China em vários países está em seu ponto mais baixo, especialmente devido às críticas à sua gestão da pandemia de covid-19.

De acordo com a pesquisa, realizada em um total de 14 países, 73% dos norte-americanos têm opinião negativa sobre a China, um aumento de 20% desde a chegada do presidente Donald Trump à Casa Branca, em 2017.

A reputação da China está ainda mais degradada na Austrália, país que está a ser afetado por suas sanções comerciais. Entre os entrevistados australianos, 81% têm uma opinião negativa sobre a China, o que implica um aumento de 24% em apenas um ano.

A imagem do “gigante asiático” também está em baixa no Reino Unido, Canadá, Alemanha, Holanda e Suécia, bem como na Coreia do Sul. Na França, 70% dos entrevistados têm uma opinião negativa da China.

Em entrevista coletiva realizada nesta sexta-feira, a porta-voz do Ministério das Relações Exteriores, Hua Chunying, garantiu que a pesquisa representa apenas o ponto de vista dos países ocidentais.

“Há algum tempo, e com o objetivo de distrair a atenção, alguns políticos americanos usam a pandemia e outras questões como pretextos para difamar e demonizar a China, semeando mentiras e desinformação”, denunciou, sem nomear o presidente Donald Trump que, em várias ocasiões, referiu-se a um “vírus chinês”.

“Isso apenas induz a um grande erro os cidadãos dos Estados Unidos e de outros países ocidentais sobre a luta da China contra a epidemia”, acrescentou a porta-voz.

O coronavírus apareceu na China no final de 2019, e o regime comunista tem sido criticado por sua falta de transparência, assim como por sua reação no início da epidemia.

O país conseguiu quase erradicar a doença, que deixou 4.634 mortes entre janeiro e maio, enquanto no mundo o número de óbitos já passa de um milhão.

“Espero que a media estrangeira e os jornalistas que trabalham na China cubram esse assunto de forma mais objetiva”, disse a porta-voz de Pequim.

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