O governador do Banco Nacional de Angola admitiu hoje que as reformas em curso no país podem causar “dor e pressão às famílias”, mas defendeu que a alteração da estrutura da economia angolana é “inadiável”.
“Angola vinha de um período de crise, com a economia a cair nos últimos quatro anos e com um programa de reformas que é agressivo para os nossos padrões, estamos a fazer uma alteração profunda à estrutura da nossa economia”, disse José de Lima Massano durante a sua intervenção nos XXX Encontros de Lisboa entre os governadores dos países de língua portuguesa, que hoje decorre em formato virtual.
“No curto prazo, as reformas causam alguma dor e pressão às famílias, mas são inadiáveis, no geral, o que devemos concluir neste exercício é que teremos uma economia mais inclusiva, sustentável e isso ajudará a eliminar as desigualdades que fomos construindo ao longo dos anos, é um quadro de verdadeira alteração de oportunidades”, acrescentou o banqueiro central angolano.