A Procuradoria-Geral da República (PGR) efectuou ontem buscas na sede da Sonangol, em Luanda, enquanto decorria o interrogatório a que foi submetido o empresário Carlos São Vicente.
De acordo com a Rádio Nacional de Angola, que cita fontes anónimas, dois magistrados e dois investigadores trabalharam ontem na sede da Sonangol, na baixa de Luanda, com o objectivo de analisar vários documentos referentes a petrolífera e as AAA”.
“As buscas na sede da Sonangol foram realizadas enquanto decorria o interrogatório de Carlos de São Vicente na Direção Nacional de Ação e Investigação Penal (DNIAP)”, avançou a RNA.
Carlos São Vicente que foi ontem ouvido, pela segunda vez, durante cerca de sete horas na Direção Nacional de Investigação e Ação Penal (DNIAP), órgão afeto à PGR, de onde foi conduzido para a cadeia de Viana.
Carlos São Vicente encontra-se em prisão preventiva, por suspeita de crimes de peculato e branqueamento de capitais entre outros, informou Procuradoria-Geral da República (PGR).
A PGR esteve durante todo o dia na sede da Sonangol, tendo nesta altura, solicitado a avaliação minuciosa de vários que podem ser determinantes no esclarecimento do desvio dos 900 milhões de dólares congelados na Suíça e de vários outros crimes, reportou a RNA.
Segundo ainda a RNA, “os magistrados da PGR e os investigadores chegaram ao edifício da Sonangol às 10:00 horas, permaneceram no local até ao final do dia e levaram consigo alguns documentos que são do interesse da investigação”.
Em causa está uma investigação que envolve uma conta bancária de Carlos São Vicente congelada na Suíça, por suspeitas de lavagem de dinheiro com cerca de 900 milhões de dólares, o equivalente a 752 milhões de euros, segundo divulgou um blogue suíço que acompanha questões judiciais naquele país.
