A ministra do Ensino Superior, Ciência, Tecnologia e Inovação de Angola considerou hoje que o memorando de entendimento assinado com a Huawei vai permitir a “melhoria do processo de ensino e aprendizagem” no setor que dirige.
Maria do Rosário Sambo, que falava hoje, em Luanda, na cerimónia de assinatura do memorando de entendimento com a multinacional de telecomunicações chinesa, classificou o momento como de grande importância para o órgão ministerial.
O objetivo principal do memorando com a Huawei é o de “permitir, em última instância, a melhoria a nível da capacitação humana e infraestrutural no subsistema do ensino superior”, disse.
O acordo assinado hoje com a operadora chinesa está centrado, sobretudo na “formação de docentes e de funcionários” do Ministério do Ensino Superior, Ciência, Tecnologia e Inovação (MESCTI) no domínio das telecomunicações e tecnologias de informação.
Incide na “melhoria do processo de ensino, aprendizagem, não apenas de docentes, mas também do apetrechamento de estabelecimentos de ensino que tenham oferta formativa do domínio das tecnologias de informação e comunicação”, assinalou a ministra.
A governante angolana explicou que o acordo prevê também que a Huawei apoie o setor com equipamento e a consequente instalação, além da reparação dos já existentes, “para que os cursos das áreas das tecnologias possam ter uma acreditação plena”.
“Também está previsto, nesta mesma perspetiva de melhoria do ensino e aprendizagem, criarmos mecanismos junto da Huawei para a avaliação dos cursos da área das tecnologias de informação e comunicação no país”, observou.
Rubricaram o memorando, pelo MESCTI, a ministra do setor e, pela Huawei Technologies, o seu presidente rotativo, Eric Xu.
Maria do Rosário Sambo recordou, na sua intervenção, que a assinatura do memorando ocorre num período em que o mundo enfrenta a crise originada pela covid-19 e o seu “brutal impacto na vida das pessoas e da Educação”.
“O que se vem fazendo a nível mundial e, concretamente em Angola, para que haja uma evolução nas metodologias de ensino com recurso às tecnologias de informação encontra agora uma razão de ser”, sublinhou.
Para a mesma responsável, o sucesso da utilização de recursos tecnológicos em instituições do ensino superior, agora indispensáveis em tempo da pandemia, “estará ligado à formação dos docentes e às infraestruturas”.
“Esperamos que possamos ter um balanço positivo, dentro de um ano, no quadro desse memorando ora assinado e com resultados de que nos orgulhemos todos”, concluiu Maria do Rosário Sambo.
As aulas no ensino geral e no subsistema de ensino universitário em Angola, paralisadas em março passado para conter a propagação da covid-19, retomam em 05 de outubro próximo, no quadro das medidas de desconfinamento, anunciadas na terça-feira pelas autoridades angolanas.