As associações profissionais dos jornalistas solicitaram, esta quarta-feira, que o Executivo angolano respeite a independência editorial de todos os órgãos de comunicação social transferidos, recentemente, da esfera privada para o Estado.
Numa Declaração Pública enviada à ANGOP, a propósito da transferência de vários grupos de comunicação social para o Estado, sugere-se que o processo de transição em curso nestas empresas respeite o pressuposto da pluralidade da informação.
Para tal, solicitam que o Governo designe cidadãos idóneos, vinculados às associações profissionais ou não governamentais, a fim de acompanharem o processo de transição.
De recordar que o Estado assumiu a gestão de vários grupos de comunicação privados, constituídos com fundos públicos, entre os quais o Media Nova S.A, que integra a TV Zimbo, TV Palanca e Rádio Mais.
Pelas mesmas razões, foram criadas comissões de gestão na TV Palanca, Rádio Global e Agência de Produção de Programas de Aúdio e Visual, detidas, até ao dia 28 de Agosto último, pela empresa Interactive Empreendimentos Multimédia, Lda.
Estas acções inserem-se na estratégia de luta contra a corrupção em Angola, que constitui uma das bandeiras do mandato do Presidente da República, João Lourenço.
Em Janeiro de 2019, o Presidente João Lourenço havia criado um Grupo de Trabalho com objectivo de recuperar investimentos privados feitos com dinheiro do Estado.