O Governo angolano firmou, esta quarta-feira, em Luanda, 44 acordos de investimento com os Emirados Árabes Unidos (EAU), avaliados em cerca de 6,5 mil milhões de dólares, destinados a impulsionar a diversificação económica e a criar novas oportunidades de emprego para a juventude.

Na cerimónia, o Presidente da República, João Lourenço, realçou que os entendimentos assinados marcam “um passo decisivo” no reforço da cooperação bilateral, incidindo em áreas consideradas prioritárias para o futuro do país.
Energia renovável
Parte significativa dos acordos está voltada para o setor energético, com destaque para a produção de energia solar e eólica. O objetivo é reduzir a dependência de combustíveis fósseis e aumentar a taxa de acesso à eletricidade em zonas rurais, criando uma matriz energética mais limpa e sustentável.
Agricultura e agronegócio
Outro eixo estratégico prende-se com a modernização da agricultura, através da introdução de tecnologia, sistemas de irrigação e cadeias de valor para a transformação de produtos locais. Espera-se que este setor absorva milhares de empregos, aumente a segurança alimentar e reduza as importações de bens essenciais.
Logística portuária e aeroportuária
Nos transportes e logística, os investimentos incidirão na modernização de portos e aeroportos, tornando Angola um hub regional para o comércio internacional. A melhoria das infraestruturas logísticas deverá reduzir custos de transporte, atrair novos fluxos comerciais e facilitar a exportação de produtos nacionais.
Mineração
No setor mineiro, os acordos preveem o reforço da exploração e transformação local de diamantes e outros minerais estratégicos, com vista a aumentar o valor acrescentado dentro do país, em vez de depender da exportação em bruto.
Impacto económico e social
Segundo João Lourenço, o impacto dos investimentos será sentido não apenas no crescimento económico, mas também na geração de milhares de postos de trabalho, especialmente para os jovens. O Presidente sublinhou ainda que, desde 2019, os EAU já investiram mais de 100 mil milhões de dólares em África, sendo Angola agora um dos maiores destinos desse capital.
Espera-se que com este pacote de investimentos, Angola consolida a sua estratégia de diversificação económica, reduzindo a dependência do petróleo e abrindo caminho para um desenvolvimento mais equilibrado e sustentável.