Quarta-feira, 5 de Fevereiro, 2025

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Petróleo sobe com novas sanções contra a Rússia

Os preços do petróleo registaram uma nova alta nesta segunda-feira, 13 de Janeiro, impulsionados pelas recentes sanções impostas pelos Estados Unidos e pelo Reino Unido ao setor energético russo. As medidas, anunciadas na sexta-feira, preveem uma redução na oferta global de petróleo.

O barril de Brent do Mar do Norte, de referência para exportações angolanas, para entrega em março, subiu 1,57%, atingindo 81,01 dólares, enquanto o West Texas Intermediate (WTI), para entrega em fevereiro, registou um aumento de 2,94%, alcançando 78,82 dólares.

As sanções anunciadas têm como alvo as principais empresas russas Gazprom e Sourgoutneftegaz, bem como cerca de 200 petroleiros e navios de transporte de gás considerados parte de uma “frota fantasma” usada para contornar restrições ocidentais. Londres também sancionou duas empresas russas responsáveis pela produção de mais de um milhão de barris de petróleo diários, avaliados em cerca de 23 mil milhões de dólares anuais.

O presidente ucraniano, Volodimir Zelensky, elogiou as medidas, classificando-as como “um golpe significativo na base financeira da máquina de guerra da Rússia”.

Especialistas do setor destacam que, apesar das tentativas russas e iranianas de contornar sanções anteriores, as novas medidas podem ter um impacto mais profundo. “Podemos perder parte da oferta russa no mercado global, dada a amplitude do anúncio”, avaliou John Kilduff, da Again Capital.

Entretanto, o Kremlin afirmou que as sanções irão “desestabilizar” os mercados globais de energia. Analistas, como Tamas Varga, da PVM, acreditam que o impacto a médio prazo ainda é incerto, apontando que a OPEP+ poderia suprir eventuais lacunas na oferta com sua capacidade ociosa.

AFP

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