Sexta-feira, 26 de Dezembro, 2025

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Centralidade do Kilamba acumula dívida milionária de água: vandalismo e ligações ilegais agravam situação

Os moradores da Centralidade do Kilamba acumulam atualmente uma dívida de 551 milhões de kwanzas com o Estado pelo consumo de água, conforme anunciou o presidente do conselho de administração da Empresa Pública de Água de Luanda (EPAL), Adão da Silva, no sábado (5). A situação preocupa a empresa, que, apesar das campanhas de sensibilização, enfrenta desafios significativos devido à falta de pagamento e atos de vandalismo.

Adão da Silva destacou que muitos cidadãos ignoram os avisos de corte de fornecimento de água e, além disso, vandalizam os equipamentos da EPAL, como “boosters” (mini cabines), variadores de frequência, disjuntores e cabos de potência. Ele apelou à população para que ajude na proteção dos equipamentos, especialmente nas zonas mais afetadas, como os quarteirões S, X e Z, que já começaram a implementar medidas de proteção.

Outro problema enfrentado pela EPAL é o acesso dificultado aos edifícios para a leitura dos contadores e cortes de água. Em muitos casos, os cortes são revertidos por terceiros, que religam o abastecimento de água de forma ilegal. Além disso, a utilização inadequada dos pontos de rega para lavagem de carros, tapetes e passeios contribui para o desperdício de água, prejudicando ainda mais a situação.

O administrador técnico local, Joelson Gomes, apontou que o vandalismo tem causado prejuízos consideráveis ao Estado, impactando investimentos que poderiam ser feitos em outros setores. Ele também alertou sobre o uso indevido dos pontos de rega, que estão a ser explorados por jardineiros para o comércio ilegal de água, vendendo-a a transportadores informais que depois revendem em bairros vizinhos.

A Centralidade do Kilamba, que abriga aproximadamente 55 mil pessoas distribuídas em 710 edifícios, enfrenta esses desafios relacionados ao fornecimento e gestão da água, refletindo a necessidade urgente de soluções para o consumo consciente e a proteção dos recursos públicos.

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