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Governo e UNICEF unem esforços para combater violência contra crianças

Luanda, 28 de setembro de 2024 – O Hotel Intercontinental, no coração da capital angolana, Luanda, foi palco de uma importante reunião interministerial nesta sexta-feira (27). O encontro, que reuniu o Ministério da Ação Social, Família e Promoção da Mulher e o Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF), teve como foco central a questão da violência contra crianças em Angola.

Governo e UNICEF unem esforços para combater violência contra crianças

Com a crescente preocupação sobre os casos de violência infantil no país, o evento foi organizado como parte de um esforço maior para consolidar parcerias e intensificar ações de combate a este flagelo social. A ministra Ana Paula de Sacramento Neto, à frente do Ministério da Ação Social, Família e Promoção da Mulher, destacou a gravidade da situação e a necessidade de união entre governos e instituições internacionais para resolver o problema.

Pat Finding 2.0: Uma Aliança Global para Proteger as Crianças

A iniciativa que esteve no centro das discussões foi o Pat Finding 2.0, uma aliança global que visa acelerar os esforços para erradicar todas as formas de violência contra crianças até 2030. Esta aliança global surgiu como uma evolução das ações anteriormente conduzidas pela UNICEF e pela Organização Mundial da Família (OMFA), sob a égide das Nações Unidas.

“O que estamos a fazer é procurar formas adaptadas à nossa realidade nacional para enfrentar esta questão. A violência contra crianças é um problema global, mas que deve ser tratado com soluções locais”, afirmou a ministra Ana Paula de Sacramento Neto durante a reunião. Ela reforçou ainda que Angola, embora não faça parte oficial da aliança, está a participar ativamente dos esforços para aderir a este movimento.

Conferência Internacional em Bogotá

Como parte dos esforços globais, está marcada para breve uma conferência internacional em Bogotá, Colômbia, onde líderes de diferentes países irão compartilhar experiências e reafirmar o compromisso de proteger as crianças. Angola foi representada numa recente reunião técnica de preparação para o evento, realizada em Genebra, Suíça, onde os seus delegados puderam partilhar a experiência do país e as iniciativas promovidas pela primeira-dama Ana Dias Lourenço, uma das principais defensoras da causa infantil.

“A experiência de Angola na proteção infantil foi recebida de forma muito positiva por outros países, que agora estão interessados em aprender com o nosso modelo”, destacou a ministra, mencionando que Angola está num caminho promissor de liderança regional nesta questão.

Desafios e Compromissos

Apesar dos avanços mencionados, Angola ainda enfrenta desafios significativos no que diz respeito à proteção infantil. Casos de abuso físico, emocional e negligência continuam a ser relatados em várias províncias, colocando em xeque a capacidade de resposta das autoridades locais. A ministra sublinhou que o governo, em parceria com organizações internacionais, tem investido em campanhas de sensibilização e reforço de políticas públicas para criar ambientes mais seguros para as crianças.

No entanto, um dos principais desafios apontados é a necessidade de maior envolvimento das comunidades e famílias na proteção das crianças. “Não podemos combater a violência contra crianças apenas com leis. Precisamos que cada cidadão veja a proteção das crianças como uma responsabilidade coletiva”, acrescentou a ministra.

Próximos Passos

A reunião de hoje é um sinal claro de que Angola está comprometida com a causa. A adesão à aliança global Pat Finding 2.0 é vista como um passo crucial para garantir que o país tenha o apoio técnico e financeiro necessário para implementar soluções mais eficazes. As expectativas agora se voltam para a conferência de Bogotá, onde o compromisso de Angola será formalizado e novos acordos de cooperação poderão ser estabelecidos.

Ao encerrar a reunião, a ministra deixou uma mensagem de esperança: “Estamos a trabalhar para que o futuro das nossas crianças seja livre de violência. Juntos, governo, sociedade e comunidade internacional, conseguiremos alcançar este objetivo”.

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