Sexta-feira, 20 de Setembro, 2024

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Ministro dos Recursos Minerais defende a proibição de exportação do quartzo

O ministro dos Recursos Minerais, Petróleo e Gás, Diamantino de Azevedo, defendeu, na sexta-feira (23), no Cuanza-Sul, a proibição da exportação do quartzo, em virtude da capacidade interna de transformação deste recurso mineral essencial à transição energética.

O governante, que falava aos empresários do setor dos petróleos e recursos minerais, assinalou que com o advento das energias renováveis, aumentou a importância do quartzo, no que tange a transição energética, por ser um dos elementos principais para o fabrico dos painéis fotovoltaico.

“Já existe no país empresas a produzir silício (derivado do quartzo), dai que vamos,, sim, proibir a sua exportação, pois somos capazes de desenvolver a indústria e podemos acrescentar valores aos nossos recursos minerais (…) mas porquê é que temos sempre que exportar os nossos minerais na sua forma bruta”, atirou o governante.

Sobre o valor industrial do quartzo, ressaltou que a primeira geração do minério passa em obter silício metalúrgico e a segunda é aumentar a sua pureza para mais de 99,99, para se obter o silício cristalizado que é usado na indústria para a produção dos painéis solares.

Acrescentou que o próximo passo está relacionado com o trabalho para a produção do polis silício, por inexistência de uma fábrica em Angola.

“Empresários que respeitam a nossa decisão, porque a exportação só será permitido ao silício e futuramente o polis silício e, se alguns países que exploram o mineiro estão em Angola, então se justifica que eles instalem as suas tecnologias aqui no país e assim vamos trabalhar com eles”, reforçou.

Nesta senda, Diamantino de Azevedo anunciou que entrou na concorrência a Sonangol.

“Não pretendemos dar o monopólio de exploração do quartzo à Sonangol, porém pretendemos atingir a fabricação do polis silício, bem como fazer do desenvolvimento tecnológico o principal pilar para o desenvolvimento sócio-económico sustentável de Angola”, rematou.

Na província do Cuanza-Sul explora-se o quartzo, sobretudo, no município da Conda, cuja estatística apontou que em 2023 houve uma produção de uma tonelada e 450 quilogramas com valor arrecadado de um milhão, 294 mil e 689 kwanzas.

Por outro lado, informou que o país tem, igualmente, capacidades e recursos minerais para produzir o aço.

Outrossim, advertiu aos empresários a agirem de acordo com a legalidade em vigor no país, pois a fase pedagógica está a chegar ao fim e existe um código mineiro.

Para o efeito, providenciou que os empresários devem efetuar uma solicitação ao Ministério dos Recursos Minerais, petróleo e Gás, que, por sua vez, solicitará os pareces dos governos provinciais.

Lembrou-lhes, também, para a importância do pagamento dos impostos e da responsabilidade social.

Fonte:Angop

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