Luanda – Uma série de mortes, incluindo uma em 2017 e outra em 2024, está sendo associada a um posto de saúde clandestino no Talatona, onde se suspeita que tenham sido realizadas interrupções de gravidez de forma irregular.
De acordo com testemunhas, um indivíduo conhecido como “Senhor Magnésio” vinha realizando procedimentos ginecológicos, incluindo abortos, numa clínica clandestina. As vítimas pagavam pelos procedimentos, mas muitas não sobreviviam, como foi o caso da última vítima, uma jovem de 24 anos que pagou 20 mil Kwanzas e faleceu após a intervenção.
As autoridades já detiveram dois supostos enfermeiros que trabalhavam no local, mas as investigações estão em curso para apurar a responsabilidade de outras pessoas envolvidas neste esquema criminoso.
Um histórico de irregularidades
A primeira morte relacionada à clínica clandestina ocorreu em 2017, quando uma jovem de 18 anos faleceu após realizar um procedimento. A amiga que a acompanhava também sofreu sequelas graves.
O indivíduo responsável pelos procedimentos apresentava um diploma de um curso de saúde intensivo, mas as investigações indicam que o curso não o habilitava a realizar procedimentos ginecológicos. Além disso, as condições sanitárias da clínica eram precárias, o que aumentava o risco de infecções e complicações para as pacientes.
