A companhia aérea estatal do Quénia acusou os militares da República Democrática do Congo de deterem dois dos seus funcionários desde a passada sexta-feira por causa de questões relacionadas com a carga.
A Kenya Airways, conhecida como KQ, disse hoje que os funcionários foram detidos no seu escritório no aeroporto da capital, Kinshasa, por falta de documentação relativa a uma carga que a companhia aérea não aceitou.
A carga foi descrita como “valiosa”, mas o seu conteúdo não foi revelado.
“Todos os esforços para explicar aos militares que a KQ não tinha aceite a carga devido a documentação incompleta revelaram-se inúteis”, disse o diretor executivo da companhia aérea, Allan Kilavuka, num comunicado.
Os telemóveis dos funcionários foram apreendidos e os colegas e funcionários da embaixada só tiveram direito a alguns minutos com os detidos.
A companhia aérea apresentou um pedido de libertação dos funcionários no tribunal militar, que foi deferido na quinta-feira.
“Apesar das ordens do tribunal, a unidade de informação militar continua a mantê-los incomunicáveis”, refere o comunicado.
A companhia aérea instou os governos queniano e congolês a garantir a resolução do problema, mas nenhum ds dois governos comentou até agora o assunto.
O Quénia e a RDCongo mantêm relações cordiais, com o Quénia a participar em missões de manutenção da paz apoiadas pela ONU no Congo.
Lusa