O Presidente norte-americano, Donald Trump, afirmou este domingo durante a viagem para Israel que a guerra entre Telavive e o grupo extremista palestiniano Hamas “está terminada”.

“A guerra está terminada. A guerra acabou, entendem?”, afirmou Trump, em declarações aos jornalistas a bordo do Air Force One (avião presidencial) durante a viagem para Israel, onde estará na segunda-feira seguindo depois para o Egito para participar numa “cimeira da paz” para oficializar o acordo de cessar-fogo para Gaza, na presença de dezenas de líderes europeus e árabes.
O governante norte-americano fez esta declaração após ter sido questionado sobre um comentário do primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, que sugeria que as operações militares de Israel não tinham terminado completamente.
Trump, que irá reunir-se com as famílias dos reféns israelitas e que posteriormente fará um discurso perante o parlamento israelita (Knesset), também disse acreditar que o cessar-fogo na Faixa de Gaza será mantido.
O republicano observou que uma das razões pelas quais acredita que o acordo promovido por Washington será mantido é porque as pessoas estão “cansadas” do conflito, tendo ainda acrescentado que as duas partes “estão felizes” com o compromisso alcançado.
Esta primeira fase da trégua envolve a retirada parcial do Exército israelita para a denominada “linha amarela” – linha divisória entre Israel e Gaza demarcada pelos Estados Unidos -, a libertação de 48 reféns (vivos e mortos) em posse do Hamas e de 1.950 presos palestinianos e a abertura de canais humanitários para o fornecimento de alimentos e medicamentos.
“Todos estão felizes, sejam judeus, muçulmanos ou países árabes, todos os países estão a dançar nas ruas. E é um momento que acho que não se repetirá”, afirmou Trump.
A guerra em Gaza foi desencadeada pelos ataques a Israel, liderados pelo Hamas em 07 de outubro de 2023, que causaram cerca de 1.200 mortos e 251 reféns.
A retaliação de Israel provocou mais de 67 mil mortos e cerca de 170.000 feridos, a maioria civis, de acordo com dados do Ministério da Saúde de Gaza (tutelado pelo Hamas), que a ONU considera credíveis.
A ofensiva israelita também destruiu quase todas as infraestruturas de Gaza e provocou a deslocação forçada de centenas de milhares de pessoas.
Israel também impôs um bloqueio à entrega de ajuda humanitária no enclave, onde mais de 400 pessoas já morreram de desnutrição e fome, a maioria crianças.
Lusa