O Presidente da República, João Lourenço, afirmou este sábado, no Namibe, que a inauguração do novo Terminal de Contentores e do Terminal Mineraleiro do Porto de Moçâmedes marca um passo decisivo para o desenvolvimento económico da província e do país, ao potenciar a integração logística e industrial do sul de Angola.
Em declarações aos jornalistas, o Chefe de Estado sublinhou que Angola “está de parabéns” pela concretização de um projecto de grande envergadura, que inclui infra-estruturas modernas destinadas a impulsionar o transporte de mercadorias e a futura instalação de uma siderurgia nacional. “Pretendemos acrescentar valor ao minério de ferro extraído nas minas do Cassinga e em outras regiões do país”, destacou.
João Lourenço explicou que, concluída esta fase, o Governo avançará com a integração do Porto do Namibe com os sistemas rodoviário e ferroviário, nomeadamente o Caminho-de-Ferro de Moçâmedes, cuja concessão a um operador privado deverá ocorrer brevemente. “Esta integração será feita já no quadro da concessão do Caminho-de-Ferro”, referiu.
Questionado sobre a cabotagem, o Presidente reconheceu a pertinência das preocupações dos empresários e assegurou que o sector dos Transportes está a trabalhar para reforçar as ligações marítimas ao longo da costa angolana. “Faz todo o sentido que as nossas infra-estruturas portuárias estejam interligadas, permitindo a distribuição de cargas entre o Sul e o Norte do país”, disse, lembrando que actualmente já existe cabotagem entre Luanda e Cabinda, mas que é necessário estendê-la a toda a costa.
Em resposta às solicitações de maior apoio do Governo ao empresariado local, o Chefe de Estado foi peremptório: “O grande apoio que estamos a dar é o investimento nas infra-estruturas. Os empresários têm de ir à luta, porque o sector privado é de risco e a concorrência é saudável.”
João Lourenço agradeceu às empresas japonesas Toyota Tsusho Corporation e Toa Corporation, bem como às instituições financeiras do Japão e da África do Sul, pelo apoio ao financiamento do projecto, executado em apenas três anos. O Presidente destacou ainda a responsabilidade social da Toyota Tsusho, que reabilitou um edifício histórico em Moçâmedes destinado a tornar-se um espaço cultural. “Trata-se de uma obra iniciada há 50 anos e que finalmente será concluída para servir as populações do Namibe”, concluiu.
