O Comando da Polícia Nacional em Icolo e Bengo desmantelou uma sofisticada rede de falsificação de televisores, liderada por cinco cidadãos de nacionalidade chinesa, que operava em unidades industriais clandestinas dedicadas à montagem e comercialização de aparelhos falsificados de marcas internacionais.

De acordo com informações obtidas junto da Direção de Investigação de Ilícitos Penais (DIIP), a operação culminou no encerramento de três naves industriais que funcionavam como laboratórios de montagem e armazéns, onde eram fabricados televisores de baixa qualidade com logótipos de marcas reconhecidas como “LG” e “Homa”. Os produtos eram posteriormente colocados no mercado nacional como se fossem originais, lesando consumidores e violando direitos de propriedade industrial.
Durante a ação policial, foram apreendidos mais de 5.000 televisores falsificados, diversos componentes eletrónicos, etiquetas de marcas internacionais, faturas e equipamentos de embalagem. As autoridades confirmam ainda que o grupo detido recebia o material importado da China e procedia à montagem local, evitando o controlo aduaneiro e fiscal.
Segundo o porta-voz da DIIP, a investigação teve início após denúncias de comerciantes e consumidores que desconfiaram da baixa durabilidade dos equipamentos vendidos como genuínos. As autoridades destacam que o grupo operava com uma estrutura organizada, com divisão de tarefas entre técnicos de montagem, responsáveis por falsificação de rótulos e distribuidores.
Esta operação insere-se no reforço do combate à fraude comercial e à falsificação de produtos eletrónicos, uma prática que tem causado prejuízos significativos às empresas legalmente estabelecidas em Angola e ao Estado, devido à evasão fiscal e à concorrência desleal.
Recorde-se que casos semelhantes foram registados em fevereiro, quando a Polícia Nacional encerrou fábricas ilegais nas zonas do Kikuxi e da Camama, em Luanda, onde também foram detidos cidadãos chineses envolvidos em esquemas de falsificação.
As autoridades reiteram o compromisso de continuar a atuar com rigor contra redes de criminalidade económica e apelam à colaboração dos consumidores na denúncia de produtos suspeitos.