de 2023, e foi deposto e substituído na comissão permanente por Adja Satu Camará, do partido MADEM G15, fundado por Embaló.

O presidente do PAIGC considera que o atual momento coloca “todos à prova”, incluindo o Supremo Tribunal de Justiça, mas disse à Lusa que não chegou a discutir, nomeadamente com as forças partidárias que o apoiam, o recurso àquele órgão para reposição da ordem constitucional que defende.
Simões Pereira disse estar disponível para voltar a candidatar-se a Presidente da Guiné-Bissau, frisando que o que o preocupa é que o atual chefe de Estado “já não esconde a sua intenção de ser ele a decidir o jogo”.
“Nunca escondeu que ele tem medo de me enfrentar”, afirmou, considerando “mais uma deriva de entidades que têm dificuldade de viver em democracia” a anunciada obrigação de uma declaração de não dívida ao Estado por parte dos candidatos às eleições de 23 de novembro.
O prazo de entrega das candidaturas para as presidenciais e legislativas termina a 25 de setembro com três coligações a posicionarem-se para a corrida, a PAI Terra Ranka e a API Cabas Garandi, opositoras ao regime, e a Plataforma Republicana “No Cumpu Guiné” (construímos a Guiné).
A Plataforma Republicana apoia Umaro Sissoco Embaló para um segundo mandato e concorre, também, às legislativas, propondo-se gerar consenso nacional e promover transformações sociais, com base numa nova maioria política.
Com a nomeação de Braima Camará para primeiro-ministro, no início de agosto, a coligação API Cabas Garandi, contestatária do regime, passou a ser liderada pelo antigo primeiro-ministro Baciro Djá, que disse, no passado dia 10 de agosto, que, a partir de 04 de setembro, Umaro Sissoco Embaló “deixa de ser Presidente”.
O dirigente acrescentou que se Embaló se mantiver no cargo “então é porque tem apoio das Forças Armadas” e exortou as Forças Armadas a assumirem as suas responsabilidades constitucionais e o “dever de garantir a democracia”.
Lusa