As ações da Tesla abriram em forte queda nesta segunda-feira (7) na Bolsa de Valores de Nova York, recuando 7,71% e sendo cotadas a US$ 290,99. A queda representa uma perda expressiva de valor de mercado, fazendo com que a empresa ficasse abaixo do limite de capitalização de US$ 1 trilhão.

A desvalorização ocorre na esteira do anúncio feito no fim de semana por Elon Musk, CEO da Tesla, de que irá fundar o seu próprio partido político nos Estados Unidos, decisão que gerou preocupação entre investidores e analistas.
O envolvimento direto de Musk na política — já marcado por declarações polêmicas e apoio a candidatos conservadores em eleições anteriores — acirra a percepção de risco entre os acionistas, que temem uma desestabilização da liderança da Tesla e distrações na gestão da empresa num momento em que o setor de veículos elétricos enfrenta crescente concorrência global, sobretudo da China.
Além disso, o anúncio do novo partido levanta dúvidas sobre possíveis implicações regulatórias, impactos na reputação da marca e uma eventual polarização do público consumidor da Tesla, cujo apelo sempre teve um caráter inovador e universalista.
Até o momento, Musk não detalhou os objetivos ou linha ideológica do partido, mas fontes próximas indicam que o foco poderá ser em temas como liberdade de expressão, inteligência artificial, reforma tributária e combate ao “estado profundo”.
Especialistas do mercado alertam que a sobreposição entre os papéis de empresário e político pode impactar negativamente o desempenho das empresas sob liderança de Musk, como já aconteceu anteriormente com a rede social X (ex-Twitter), onde o ativismo político do bilionário afetou a relação com anunciantes e parceiros comerciais.

