O magnata do hip-hop Sean “Diddy” Combs foi considerado culpado por crimes de prostituição após um julgamento histórico que decorreu durante sete semanas em Nova Iorque. Contudo, foi absolvido das acusações mais graves de tráfico sexual e conspiração para extorsão.

Diddy, de 55 anos, enfrentava um processo judicial complexo, com alegações de abuso, coação e agressão a três alegadas vítimas, incluindo a sua ex-companheira de longa data, a cantora e modelo Cassie Ventura. Entre as acusações adicionais estavam sequestro, incêndio criminoso e chantagem.
Segundo a Sky News, o produtor pode agora enfrentar até 10 anos de prisão após ser condenado por transportar acompanhantes masculinos para sessões sexuais com ex-namoradas. Durante o julgamento, vídeos dessas sessões foram exibidos aos jurados, mas mantidos sob sigilo para o público e a comunicação social.
Várias testemunhas prestaram depoimento, incluindo ex-funcionários, polícias, trabalhadores de hotel e acompanhantes envolvidos nos episódios referidos.
Após a leitura do veredito, o advogado de defesa, Marc Agnifilo, solicitou ao juiz Arun Subramanian a libertação de Combs sob fiança, alegando tratar-se da sua primeira condenação e de um crime não violento.
Diddy, também conhecido por Puff Daddy ou P. Diddy, é uma das figuras mais influentes da história do hip-hop, sendo responsável pela descoberta de talentos como Usher, The Notorious B.I.G. e Mary J. Blige. Além da carreira musical, construiu um império empresarial nas áreas da moda, bebidas e media.
As acusações ganharam atenção mediática em 2023, após Cassie Ventura apresentar uma ação judicial contra o cantor, alegando mais de uma década de abusos sexuais e violência física. No ano seguinte, a CNN divulgou imagens de videovigilância captadas em 2016 no hotel InterContinental, em Los Angeles, onde Combs agredia violentamente Cassie. O artista foi também acusado de tentar subornar funcionários do hotel para ocultar o incidente.
Cassie viria a assinar um acordo extrajudicial com Diddy, que impediu o avanço da ação em tribunal. No entanto, a denúncia abriu caminho para que outras vítimas se manifestassem, dando origem a uma série de relatos sobre abusos cometidos ao longo das últimas três décadas. O caso mais antigo data de 1990, quando Combs era ainda estagiário na editora Uptown, em Nova Iorque, tendo sido acusado, juntamente com o cantor Aaron Hall, de violação e gravação do ato.