Sábado, 28 de Junho, 2025

O seu direito à informação, sem compromissos

Pesquisar

Tribunal recusa adiar julgamento por corrupção contra Netanyahu

O tribunal de Jerusalém, que julga o caso de corrupção contra o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, recusou adiar por duas semanas o julgamento contra o governante, considerando insuficientes os argumentos apresentados.

Tribunal recusa adiar julgamento por corrupção contra Netanyahu

A juíza Rivka Friedman-Feldman atendeu ao pedido do Ministério Público para manter as datas previstas, considerando que “o primeiro-ministro não apresentou uma explicação pormenorizada nem qualquer motivo que possa justificar o cancelamento da sua presença”, de acordo com o comunicado divulgado pelo canal N12.

O pedido de adiamento do julgamento teve na base motivos de segurança nacional, dada a guerra de Gaza e o recente conflito com o Irão.

Netanyahu está a ser julgado por três casos de corrupção, acusado de suborno, fraude e abuso de confiança. 

No primeiro caso, Netanyahu e respetiva mulher, Sara, são acusados de aceitar artigos de luxo, como charutos, joias e champanhe, no valor de cerca de 250.000 euros, provenientes de multimilionários, em troca de favores políticos. 

Nos outros dois casos, Netanyahu é acusado de tentar negociar uma cobertura mediática mais favorável em dois meios de comunicação israelitas.

O primeiro-ministro israelita nega ter cometido qualquer crime e afirma que todas as acusações foram inventadas num golpe político liderado pela polícia e pelo Ministério Público. 

O processo, em constante adiamento desde que foi aberto, em maio de 2020, parece longo e tudo indica que não haverá veredicto pelo menos até ao próximo ano.

Desconhece-se quando deverá agora Netanyahu comparecer nas audiências do tribunal.

Nos últimos dias, o Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, aliado e amigo do primeiro-ministro israelita, pediu a anulação do julgamento, entendendo que se trata de uma “caça às bruxas”. 

https://googleads.g.doubleclick.net/pagead/ads?gdpr=0&us_privacy=1—&gpp_sid=-1&client=ca-pub-2722194025760122&output=html&h=600&slotname=3205273524&adk=2765600602&adf=3978354369&pi=t.ma~as.3205273524&w=300&abgtt=6&fwrn=4&fwrnh=100&lmt=1751029393&rafmt=1&format=300×600&url=https%3A%2F%2F24noticias.sapo.pt%2Fnoticias%2Ftribunal-recusa-adiar-julgamento-por_685e7d2636e8044deadeb3ed&fwr=0&fwrattr=true&rpe=1&resp_fmts=4&wgl=1&uach=WyJXaW5kb3dzIiwiMTAuMC4wIiwieDg2IiwiIiwiMTM3LjAuNzE1MS4xMjAiLG51bGwsMCxudWxsLCI2NCIsW1siR29vZ2xlIENocm9tZSIsIjEzNy4wLjcxNTEuMTIwIl0sWyJDaHJvbWl1bSIsIjEzNy4wLjcxNTEuMTIwIl0sWyJOb3QvQSlCcmFuZCIsIjI0LjAuMC4wIl1dLDBd&dt=1751029393197&bpp=3&bdt=92677&idt=3&shv=r20250625&mjsv=m202506180101&ptt=9&saldr=aa&abxe=1&cookie=ID%3D3c9584b753530be8%3AT%3D1748446868%3ART%3D1751029221%3AS%3DALNI_MY0VSReyGCsgDB9tzDjORjKRF3mRA&gpic=UID%3D000010e17dc5f87f%3AT%3D1748446868%3ART%3D1751029221%3AS%3DALNI_MYu0KIiMf4TP7PgIznqQALcC2KbmA&eo_id_str=ID%3D959817462f02c66e%3AT%3D1748446868%3ART%3D1751029221%3AS%3DAA-AfjbiSAiBs2liq48MiaK7H4lo&prev_fmts=0x0%2C1200x280%2C300x600%2C300x600%2C300x600%2C300x600%2C300x600&nras=1&correlator=5206572653757&frm=20&pv=1&u_tz=60&u_his=10&u_h=768&u_w=1366&u_ah=728&u_aw=1366&u_cd=24&u_sd=1&dmc=4&adx=508&ady=2085&biw=1351&bih=641&scr_x=0&scr_y=2355&eid=31093050%2C95331833%2C95353387%2C95362655%2C95363434%2C95364338%2C42533294%2C95344791%2C95359266%2C95364334%2C95364391&oid=2&psts=AOrYGsmkYLqnpptyYHpDskrAEXWzrvDHhcxRAGZuORkNKQgyQ-vdPzdl8CKmrygKVpf_pygnKv9u4NRJMMLT4-na_Nag&pvsid=4129886260856212&tmod=2068650906&uas=1&nvt=1&ref=https%3A%2F%2F24noticias.sapo.pt%2Fparceiro%2Flusa%3Fpagina%3D1&fc=1920&brdim=0%2C0%2C0%2C0%2C1366%2C0%2C1366%2C728%2C1366%2C641&vis=1&rsz=%7C%7CoeE%7C&abl=CS&pfx=0&fu=128&bc=31&bz=1&td=1&tdf=2&psd=W251bGwsbnVsbCxudWxsLDNd&nt=1&ifi=18&uci=a!i&fsb=1&dtd=20

Os críticos de Netanyahu, como o líder da oposição e ex-primeiro-ministro, Yair Lapid, indicam que esses pedidos de adiamento, comuns desde o início da guerra de Gaza, não passam de evasivas.

“Parece-me que a pressão que Trump exerce sobre o caso”, disse Lapid esta semana ao jornal Yedioth Aharonoth, “é uma forma de recompensar Netanyahu se ele puser fim ao conflito”.

O porta-voz da coligação do governo israelita, Ofir Katz, criticou a decisão e afirmou que “a enorme lacuna e a magnitude da desconexão entre a realidade histórica israelita e o sistema jurídico é uma das maiores da história” do país.

×
×

Cart