Quinta-feira, 26 de Junho, 2025

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Angola vai contribuir com 8 milhões de dólares para organização mundial de promoção de diamantes

A Endiama e a Sodiam, empresas estatais de produção e comercialização de diamantes angolanas, vão integrar em julho o Conselho de Diamantes Naturais, contribuindo com oito milhões de dólares (7,1 milhões de euros), foi hoje anunciado.

Um comunicado da Empresa Nacional de Diamantes de Angola (Endiama) destaca que as duas empresas passam a integrar Conselho de Diamantes Naturais (NDC, sigla em inglês), organização internacional que se dedica à promoção e proteção deste mineral precioso, a partir do dia 01 de julho deste ano, como membros contribuintes.

“A Endiama e a Sodiam iniciarão o seu compromisso com o marketing de categoria global por meio do NDC com uma contribuição de oito milhões de dólares, dedicada ao segundo semestre de 2025, apoiando a temporada comercial mais crítica para o setor”, refere-se no comunicado.

A De Beers, atual membro do NDC, anunciou simultaneamente que vai fazer uma contribuição adicional para a instituição, igualando o compromisso da Endiama e da Sodiam.

A Endiama e a Sodiam juntam-se agora aos atuais membros do NDC, a De Beers, Okavango Diamond Company, Petra Diamonds, Rio Tinto e Murowa.

No comunicado, as duas empresas destacam o seu compromisso conjunto, com a comercialização da categoria genérica ao aderirem ao NDC já no próximo mês.

Angola, como terceiro maior produtor mundial de diamantes naturais e um dos mais promissores em termos de futuras descobertas de depósitos, continua a reforçar a sua posição como um ator responsável e influente na indústria mundial de diamantes, sublinha-se no documento.

“Esta ação reforça o compromisso do país com a transparência, a sustentabilidade e a educação dos consumidores sobre o valor único dos diamantes naturais”, salienta-se.

De acordo com o comunicado, o setor dos diamantes naturais continua a ser um pilar vital do desenvolvimento socioeconómico de Angola, apoiando o emprego, as infraestruturas, a educação e os cuidados de saúde nas regiões produtoras.

“Com a indústria diamantífera angolana em ascensão, a promoção dos valores e das contribuições socioeconómicas dos diamantes naturais é uma prioridade nacional”, afirmou o ministro dos Recursos Minerais, Petróleo e Gás angolano, Diamantino Azevedo, citado no comunicado.

O governante angolano realçou que, ao juntarem-se ao NDC, a Endiama e a Sodiam estão a formalizar a sua dedicação a uma estratégia global que destaca os benefícios inigualáveis dos diamantes naturais para as novas gerações de consumidores.

“Estamos entusiasmados em dar as boas-vindas à Endiama e à Sodiam ao NDC num momento tão importante para o setor”, disse o CEO do NDC, David Kellie, igualmente citado na nota, considerando que a integração de Angola “enriquecerá significativamente” a voz coletiva dos produtores de diamantes.

Angola realizou esta semana em Luanda uma “Mesa Redonda Ministerial sobre Diamantes Naturais: Desafios e Oportunidades”, na qual o titular da pasta dos Recursos Minerais, Petróleo e Gás apelou os países africanos produtores de diamantes a avançarem para uma estratégia partilhada, “alicerçada na união e na aspiração coletiva”, para salvaguardar o futuro da indústria dos diamantes naturais africanos, face aos diamantes sintéticos.

Em Angola, os diamantes têm contribuído significativamente para a reconstrução nacional, financiando escolas, hospitais, estradas e sistemas de abastecimento de água. Em 2024, o país produziu mais de 14 milhões de quilates e as autoridades estão a investir na valorização, rastreabilidade, na transparência e na boa governação, disse Diamantino Azevedo no encontro.

Lusa

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