Luanda – O Banco Sol encerrou recentemente 39 balcões espalhados por 10 províncias do país, no quadro de um vasto processo de reestruturação da sua actividade, que visa ajustar a rede comercial à nova realidade do sector bancário nacional e internacional.
A medida foi confirmada pela administração da instituição financeira, que garantiu tratar-se de uma decisão estratégica, integrada no Plano de Reestruturação e Recapitalização aprovado em assembleia-geral extraordinária realizada em Janeiro deste ano. Este plano, que se encontra em apreciação pelo Banco Nacional de Angola (BNA), prevê não apenas o redimensionamento da rede física, mas também a modernização dos serviços digitais e o reforço dos canais alternativos de atendimento.
Segundo o Banco Sol, os encerramentos visam garantir a sustentabilidade da operação e a protecção dos interesses dos clientes e colaboradores, numa altura em que a banca angolana atravessa um processo de transformação impulsionado pela digitalização e pela necessidade de maior eficiência operacional.
“Estas acções não comprometem a solidez financeira do Banco Sol nem a segurança dos depósitos dos seus clientes. Fazem parte de uma estratégia de ajustamento que visa preparar o banco para os desafios do futuro, sem colocar em risco a continuidade da actividade”, esclareceu a administração em comunicado.
O banco nega qualquer cenário de insolvência ou crise iminente, sublinhando que mantém todos os seus compromissos com os clientes, fornecedores e colaboradores. No âmbito da reestruturação, o Banco Sol está a reforçar os seus serviços de banca digital e aposta na abertura de agências “premium” em pontos estratégicos, como aconteceu recentemente em Luanda, onde foram inauguradas unidades focadas em clientes de segmentos específicos.
Além disso, o banco lançou, no início deste ano, um novo centro de multicaixas (ATM Center) no entreposto aduaneiro de Luanda, demonstrando o seu compromisso com a inovação e a expansão dos canais electrónicos.
O Banco Sol, fundado em 2001, é uma das principais instituições financeiras privadas de Angola, tendo sido, durante vários anos, uma referência na concessão de microcrédito e no financiamento de pequenas e médias empresas. Actualmente, enfrenta o desafio de se reposicionar num mercado cada vez mais competitivo e sujeito às exigências do regulador, nomeadamente no cumprimento das normas prudenciais impostas pelo BNA.
O processo de reestruturação deverá prolongar-se até 2027, período durante o qual a instituição promete modernizar a sua oferta de produtos e serviços, bem como reforçar a sua base de capital para sustentar o crescimento a longo prazo.
