Washington, 19 de Maio de 2025 – O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, exigiu nesta segunda-feira a abertura de uma “grande investigação” sobre o alegado pagamento de somas milionárias a celebridades como Beyoncé, Bruce Springsteen e Oprah Winfrey por parte da campanha da democrata Kamala Harris, durante as eleições presidenciais de 2024.
Trump acusa a sua ex-rival de ter “comprado apoio popular”, encobrindo os pagamentos sob o pretexto de despesas com entretenimento. Segundo o republicano, Beyoncé teria recebido 11 milhões de dólares para uma breve aparição num comício da democrata em outubro. “Ela subiu ao palco, declarou apoio a Kamala e saiu vaiada, sem cantar nenhuma música”, ironizou Trump, que afirma estar a reunir elementos para solicitar uma investigação oficial.
Celebrações, dinheiro e política
Além de Beyoncé, Trump também mencionou Bruce Springsteen, que teria sido pago para actuar num comício na Geórgia, semanas antes da votação. “Quanto Kamala Harris pagou a Springsteen pela sua fraca apresentação? Por que ele aceitou o dinheiro, se é tão fã dela?”, disparou.
A campanha de Harris nega as alegações. Fontes ligadas à ex-candidata afirmam que não houve pagamento por apoio político, e que todos os custos relacionados a eventos de campanha foram transparente e legalmente declarados à Comissão Eleitoral Federal.
A polémica estende-se à figura de Oprah Winfrey, que, segundo Trump, teria recebido um milhão de dólares através da sua produtora por despesas associadas a um evento em setembro passado. A apresentadora ainda não se pronunciou sobre o assunto.
Indústria do entretenimento e política
O presidente, que venceu com folga as eleições de 2024, contou com apoio modesto do mundo do entretenimento, preferindo influenciadores digitais como o podcaster Joe Rogan, uma das vozes mais populares e controversas da internet americana.
O caso reacende o debate sobre os limites entre marketing político e financiamento de campanha. Embora o uso de celebridades em campanhas seja prática comum, o pagamento direto por apoio político é proibido pela legislação eleitoral americana.
Trump prometeu recorrer às instâncias legais e regulatórias para esclarecer os factos. A Comissão Eleitoral ainda não comentou a possibilidade de abertura de inquérito.
