O Governo angolano deu início ao projecto “Emprego e Oportunidades para Jovens em Angola”, uma ambiciosa iniciativa com o objectivo de beneficiar 500 mil jovens entre os 16 e 35 anos, promovendo a inclusão social, o autoemprego e a capacitação profissional. O projecto, financiado pelo Banco Mundial, terá alcance nacional, com Luanda a receber o maior número de acções, dada a sua elevada densidade populacional.

Segundo as autoridades, 40% dos beneficiários serão mulheres e 6% pessoas com deficiência, num esforço deliberado para garantir a inclusão e a equidade no acesso às oportunidades.
A iniciativa será coordenada pela APTES, através do INFOP, contando com uma comissão multissetorial integrada pelos Ministérios das Finanças, Planeamento, Juventude e Desportos, entre outros, dada a natureza transversal do projecto. A aprovação do financiamento já foi feita pelo Conselho de Administração do Banco Mundial, e o Executivo angolano prepara-se agora para reunir as condições internas necessárias à implementação.
O projecto está estruturado em três componentes principais:
- Empreendedorismo e kits de empregabilidade: Inclui estágios profissionais e apoio a pequenos negócios, com entrega de kits de trabalho aos jovens empreendedores;
- Formação para o mercado de trabalho: Enfatiza empregos digitais e capacitação técnica alinhada com as exigências actuais do mercado;
- Melhoria de infraestruturas: Envolve investimentos em espaços e condições que favoreçam o desenvolvimento das iniciativas de empregabilidade.
Durante a quarta sessão da Comissão para a Política Social do Conselho de Ministros, além do projecto de empregabilidade, foram discutidos outros temas relevantes, como a aprovação do regulamento sobre a produção e uso de plásticos de utilização única, que será integrado no ordenamento jurídico nacional como medida para reduzir o consumo desses produtos e os impactos ambientais.
Outro destaque da reunião foi a criação da Agência Nacional Antidopagem (ANAD), que irá assegurar a implementação do Código Mundial Antidopagem e combater o uso de substâncias proibidas no desporto angolano.
Por fim, a Comissão recebeu informações sobre os progressos na erradicação da cólera no país, com medidas focadas na oferta de água potável, melhoria do saneamento básico, diagnóstico e tratamento da doença, e vigilância epidemiológica em zonas afectadas.