As províncias de Luanda, Bengo e Benguela são actualmente as mais afectadas pelo surto de cólera que atinge o país, segundo informações avançadas pela ministra da Saúde, Sílvia Lutucuta, na sexta-feira (25).
Em Benguela, a governante trabalhou com uma equipa multissectorial para avaliar os níveis de propagação da doença. No município da Baía Farta, mais concretamente na localidade do Maningo, Sílvia Lutucuta inteirou-se do funcionamento dos centros de tratamento de cólera instalados.
De acordo com a ministra, o processo inicia-se com a triagem dos pacientes, onde são avaliados os sintomas e classificados conforme a gravidade da desidratação: leve, moderada ou severa. O tratamento é depois administrado segundo os protocolos estabelecidos.
A nível nacional, registam-se até ao momento 15.230 casos de cólera e 530 óbitos, o que representa uma taxa de letalidade de pouco mais de 3%, informou Sílvia Lutucuta, sublinhando que a situação ainda é preocupante. Em Benguela, as áreas ribeirinhas e costeiras, sobretudo no município da Baía Farta, continuam a ser as zonas de maior incidência.
Para reforçar a resposta ao surto, o Ministério das Finanças vai disponibilizar verbas para a aquisição de mais equipamentos. O Ministério da Energia e Águas também está a apoiar no abastecimento de água potável às zonas mais críticas.
A ministra revelou que existem já disponíveis quase 2 milhões de dólares e que estão em processo de mobilização de mais cerca de 3 milhões, com apoio de parceiros como a União Europeia, através da ECHO, e o Fundo Global de Emergência da ONU.
Sílvia Lutucuta destacou que o combate à cólera assenta em três pilares fundamentais: fornecimento de água segura, saneamento básico e promoção da higiene. “Estamos a atacar seriamente a Baía Farta para fornecer água em quantidade e qualidade”, assegurou.
