Sexta-feira, 25 de Abril, 2025

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Angola atinge as 500 mortes por cólera desde o início do surto em janeiro

Angola registou 500 mortos e 13.818 casos de cólera devido ao surto que o país enfrenta desde janeiro deste ano, com 17 das 21 províncias afetadas, segundo dados do Ministério da Saúde.

O ponto de situação do surto de cólera, feito pelo Ministério da Saúde, dá conta de que nas últimas 24 horas foram registadas duas mortes e 220 novos casos nas províncias de Benguela – a única que reportou óbitos e com o maior número de infeções (107) -, Cuanza Norte, Luanda, Malanje, Bengo, Icolo e Bengo, Cuanza Sul, Huíla, Zaire, Namibe e Cabinda.

Nas últimas 24 horas, 269 pessoas receberam alta, mas continuam internadas 1.244 outras com cólera.

De acordo com uma nota do Ministério da Saúde, no sábado decorreu uma reunião técnica na província de Benguela, presidida pelo governador provincial, Manuel Nunes Júnior, e com a presença da titular da pasta da Saúde, Sílvia Lutucuta, e outros responsáveis governamentais do setor da energia e águas e do Ambiente, bem como representantes da Organização Mundial da Saúde (OMS) e do Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef).

O grupo de trabalho teve como objetivo avaliar as ações em curso, reforçar o compromisso interinstitucional e definir novas diretrizes estratégicas para uma resposta eficaz à situação de saúde pública provocada pelo surto de cólera.

A jornada de trabalho incluiu igualmente visitas técnicas a diversos pontos de abastecimento de água nos municípios, comunas e bairros da província, tendo Sílvia Lutucuta orientado o reforço do abastecimento de água potável, com prioridade para as zonas de maior risco.

Ampliar os pontos de hidratação oral e melhorar a assistência pré-hospitalar e hospitalar, mobilizar todos os atores sociais na promoção de ações comunitárias e de sensibilização para práticas de higiene são outros objetivos da governante.

A ministra orientou de igual modo o empoderamento das comunidades na gestão e conservação das infraestruturas instaladas e articulação com o Ministério do Ambiente para a construção de latrinas comunitárias, com recurso a materiais locais disponíveis.

A província de Benguela é, depois de Luanda, o epicentro da doença, e o Bengo é a região com o maior número de óbitos (70) e casos (2.104), desde o início do surto. 

Lusa

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