O Executivo angolano prevê, ainda este ano, o financiamento do setor produtivo com uma linha de crédito de 15 mil milhões de kwanzas, destinada a beneficiar entidades agregadoras do setor agropecuário, com o objetivo de potenciar esta cadeia de valor e dinamizar a diversificação económica do país.
O anúncio foi feito esta quinta-feira, em Luanda, pelo ministro do Planeamento, Victor Guilherme, durante o encerramento da primeira sessão do Ciclo Anual de Conferências do Banco Nacional de Angola (BNA) referente a 2025, tendo referido que esta linha de crédito já se encontra inscrita no Orçamento Geral do Estado (OGE).
De acordo com o governante, está igualmente projetado um pacote de garantias soberanas no valor de 1,4 biliões de kwanzas, destinado a apoiar projetos privados de interesse estratégico nacional e com impacto na diversificação económica, sobretudo na segurança alimentar.
No domínio das parcerias multilaterais, Victor Guilherme destacou o projeto “Diversifica Mais”, financiado pelo Banco Mundial, com um orçamento de 120 milhões de dólares, voltado para a promoção da diversificação económica e criação de emprego no setor privado.
Paralelamente, o Banco Africano de Desenvolvimento (BAD), através do Projeto Crescer, disponibiliza uma linha de financiamento de 124 milhões de dólares, com o propósito de facilitar o acesso ao crédito e desenvolver competências ajustadas à demanda do mercado.
O ministro sublinhou que o financiamento à economia, em particular ao setor privado, desempenha um papel essencial no desenvolvimento económico e social do país, ao permitir a criação e expansão de iniciativas privadas, bem como o aumento da competitividade empresarial.
Relativamente ao apoio público já prestado, lembrou que, em 2024, o Executivo destinou 153 mil milhões de kwanzas ao financiamento do setor empresarial, através de garantias públicas, recapitalização de instituições financeiras e reforço orçamental ao Ministério da Agricultura e Florestas.
No mesmo ano, a economia nacional registou um crescimento de 4,43%, a taxa mais elevada da última década, impulsionada sobretudo pelo desempenho do setor produtivo não petrolífero, que cresceu cerca de 5%.
A primeira edição do Ciclo Anual de Conferências 2025 foi orientada pelo ministro de Estado para a Coordenação Económica, José de Lima Massano, e contou com a presença da ministra das Pescas e Recursos Marinhos, Carmen do Sacramento Neto, e do secretário do Presidente da República para o Setor Produtivo, João Nkosi.
Fonte: Angop
