O Fundo Angolano de Desenvolvimento Agrário (FADA) financiou, em 2024, um total de 1.808 projetos agrícolas, num valor global de cerca de 18 mil milhões de kwanzas. A informação foi avançada por Felisbela Francisco, presidente do Conselho de Administração do FADA, em entrevista concedida à Televisão Pública de Angola (TPA), no passado dia 17 de março de 2025.
De acordo com a responsável, as cooperativas agrícolas absorveram a maior fatia do financiamento, com cerca de 8,7 mil milhões de kwanzas, enquanto os agricultores em nome individual beneficiaram de aproximadamente 7,7 mil milhões de kwanzas.
Quanto à finalidade dos apoios concedidos, destacou-se o investimento em equipamentos agrícolas, que recebeu 8 mil milhões de kwanzas, seguido do apoio à produção, com cerca de 6 mil milhões.
Felisbela Francisco informou ainda que, para ampliar o alcance do programa e facilitar o acesso ao crédito agrário, o FADA irá descentralizar os seus serviços. A primeira agência regional será inaugurada na província do Huambo, já em abril, estando prevista a criação de mais quatro representações regionais, no âmbito do plano estratégico do Fundo.
O impacto social do programa também foi sublinhado: cerca de 37.562 agricultores beneficiaram diretamente dos financiamentos, enquanto aproximadamente 189.072 pessoas foram impactadas de forma indireta, incluindo os seus agregados familiares. Do ponto de vista económico, os projetos apoiados permitirão o cultivo de 162.725 hectares e uma produção estimada de 1.548.699 toneladas de diversos produtos agrícolas.
Com oito linhas de crédito atualmente disponíveis, o FADA exige que os candidatos aos financiamentos apresentem a documentação exigida. Para o ano de 2025, está previsto o apoio a 5.249 novos projetos em todas as províncias do país.
A meta do FADA é ambiciosa: até 2027, o fundo pretende financiar cerca de 16 mil projetos agrícolas, contribuindo de forma significativa para o reforço da produção nacional e a melhoria das condições de vida das comunidades rurais.
