Sábado, 19 de Abril, 2025

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Preços do petróleo mantêm tendência de alta no mercado internacional

Os preços do petróleo continuam a registar uma tendência de alta no mercado internacional, impulsionados por tensões geopolíticas persistentes no Médio Oriente, cortes na produção por parte da OPEP+ e uma procura global mais robusta do que o previsto.

Nesta segunda-feira, o barril de Brent, referência internacional, era comercializado acima dos 85 dólares, enquanto o WTI (West Texas Intermediate), referência norte-americana, situava-se nos 81 dólares por barril. Ambos os índices registaram uma valorização de cerca de 1% em relação à semana passada.

A Organização dos Países Exportadores de Petróleo e seus aliados (OPEP+), liderados pela Arábia Saudita e pela Rússia, têm mantido cortes voluntários na produção para equilibrar o mercado e sustentar os preços. Analistas apontam que esta política, associada às interrupções no fornecimento causadas por conflitos regionais, nomeadamente no Mar Vermelho e na Faixa de Gaza, está a contribuir significativamente para a valorização da matéria-prima.

Por outro lado, a procura por combustíveis está a mostrar sinais de recuperação, particularmente na Ásia, com destaque para a China e a Índia, cujas economias têm dado sinais de maior dinamismo. O mercado também observa com atenção os dados económicos dos Estados Unidos, uma vez que decisões da Reserva Federal sobre as taxas de juro podem influenciar diretamente a procura energética e o valor do dólar — moeda na qual o petróleo é transacionado.

Especialistas alertam, no entanto, que o mercado continua volátil, e fatores como o aumento da produção por países fora da OPEP, como os Estados Unidos e o Brasil, ou uma eventual desaceleração económica global, podem inverter a atual tendência de subida dos preços.

Os países exportadores de petróleo, como Angola, acompanham com expectativa esta evolução positiva, uma vez que o aumento do preço do crude representa um alívio orçamental e pode traduzir-se em receitas adicionais para os cofres públicos. Contudo, o governo angolano já advertiu para a necessidade de cautela, apelando a uma gestão prudente das receitas petrolíferas, de modo a evitar a excessiva dependência das exportações de crude.

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