Terça-feira, 11 de Março, 2025

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Detido principal suspeito de múltiplos homicídios de camponesas no Cuanza-Norte

As autoridades policiais da província do Cuanza-Norte anunciaram, na sexta-feira (7), a detenção de Jaime André da Silva, também conhecido por “Leo”, de 40 anos, natural da província de Malanje, apontado como o principal suspeito de uma série de homicídios que vitimaram camponesas no município do Cazengo.

O suspeito integra agora a lista dos presumíveis autores de cinco crimes que vinham sendo investigados como de autoria desconhecida. A sua detenção resultou da criação de uma “sala de crises”, estrutura montada pelas forças de investigação para esclarecer as ocorrências.

Jaime Silva encontra-se a contas com a justiça desde 2022, após ter cometido o homicídio do seu próprio amigo em Malanje. Mais recentemente, terá também tentado violentar a própria mãe, comportamento que, segundo as autoridades, demonstra um padrão preocupante.

Durante a investigação, o acusado confessou inicialmente a autoria de três homicídios, todos contra mulheres idosas, motivados, segundo o próprio, por desavenças banais — como a recusa de uma mandioca por parte de uma das vítimas, que foi brutalmente agredida com um pau até à morte. Mais tarde, a 5 de Março, veio a admitir ainda dois outros homicídios, totalizando cinco crimes que terão sido cometidos por si entre 2024 e 2025.

As autoridades acreditam que as motivações vão além de simples conflitos. Há indícios de que Jaime Silva terá feito um pacto satânico em busca de vantagens financeiras, o que poderá explicar o seu padrão de comportamento. Segundo as investigações, foi após este suposto pacto que o suspeito se estabeleceu no Cuanza-Norte, onde começou a praticar os crimes.

No total, o município em causa registou 11 homicídios com um perfil semelhante — agressões brutais, muitas vezes com componente sexual, cujas vítimas são principalmente mulheres idosas. Além dos cinco homicídios atribuídos a Jaime Silva, outros seis são imputados a um segundo suspeito, atualmente em prisão preventiva.

As forças de investigação continuam o seu trabalho, com o objectivo de aprofundar a compreensão destes crimes e devolver o sentimento de segurança aos habitantes do Cuanza-Norte, uma província até então marcada por tranquilidade relativa.

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