O Serviço de Investigação Criminal (SIC) deteve, no último fim de semana, um cidadão chinês de 35 anos, residente no distrito urbano do Camama, em Luanda, por posse ilegal de anfetaminas. Durante a operação, foi apreendida 3,37 gramas da substância em posse do suspeito.
Nos últimos meses, têm sido revelados diversos casos de crimes envolvendo cidadãos chineses em Angola, principalmente relacionados a atividades ilegais como mineração de criptomoedas e vandalização de infraestruturas públicas.
Em dezembro de 2024, dois cidadãos chineses foram detidos no município de Talatona, em Luanda, por suspeita de associação criminosa e mineração ilegal de criptomoedas. Os detidos também foram acusados de furto qualificado de água, interferência no sistema elétrico nacional e fuga ao fisco, tendo sido encontrados equipamentos de mineração em grande escala.
Já em janeiro de 2025, o SIC desmantelou dois centros de mineração de criptomoedas, um em Luanda e outro na província de Icolo e Bengo, resultando na detenção de 11 cidadãos chineses. No local, foram apreendidos mais de 2.000 processadores de alto desempenho usados para mineração ilegal, causando impacto no fornecimento de energia elétrica em algumas áreas.
Diante da recorrência destes crimes, a Embaixada da China em Angola emitiu, em abril de 2024, um alerta aos seus cidadãos sobre as penalizações da mineração ilegal de criptomoedas no país. Segundo a legislação angolana, a posse de equipamentos de mineração pode resultar em penas de prisão entre um e cinco anos, enquanto a prática ilegal pode levar a condenações de três a doze anos de reclusão.
As autoridades angolanas reforçam o compromisso na luta contra crimes financeiros e tráfico de drogas, garantindo que a lei seja aplicada independentemente da nacionalidade dos infratores.
