Quarta-feira, 5 de Fevereiro, 2025

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Petróleo sobe impulsionado por aumento da demanda e sanções à Rússia

Os preços do petróleo registaram uma subida expressiva nesta quarta-feira (15), refletindo a revisão em alta da demanda global no quarto trimestre de 2024 pela Agência Internacional de Energia (AIE) e o impacto das sanções dos Estados Unidos ao petróleo russo.

O barril de Brent do Mar do Norte, de referência para exportações angolanas, para entrega em março, avançou 2,64%, atingindo 82,03 dólares, o maior valor desde julho de 2024. Já o barril de West Texas Intermediate (WTI), com entrega prevista para fevereiro, teve um aumento de 3,28%, ultrapassando a barreira dos 80 dólares, fixando-se em 80,04 dólares por unidade.

De acordo com a AIE, o consumo global de petróleo em 2024 foi maior do que o inicialmente previsto, impulsionado por uma dinâmica positiva no quarto trimestre. Essa revisão, associada às expectativas da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP) de um crescimento de 1,4 milhão de barris por dia em 2025, alimentou o otimismo no mercado.

As sanções impostas pelos Estados Unidos ao petróleo russo continuam a influenciar o mercado global. “O mundo mudou com este novo plano de sanções e […] uma abordagem mais rígida às exportações de petróleo russo”, afirmou John Kilduff, analista da Again Capital, em declarações à AFP. “Isso influenciou o mercado”, reforçou.

Nos Estados Unidos, uma nova onda de frio prevista para a próxima semana poderá elevar ainda mais os preços, acrescentou Kilduff. O aumento da demanda por aquecimento no inverno frequentemente resulta em maior consumo de petróleo, contribuindo para a valorização do produto.

A combinação de fatores económicos, geopolíticos e climáticos mantém o mercado petrolífero volátil, com perspectivas de novos ajustes nos preços nos próximos meses.

Fonte: AFP

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