No domingo (12), combatentes jihadistas ligados ao Estado Islâmico na África Ocidental (ISWAP, na sigla em inglês) executaram pelo menos 40 agricultores na localidade de Dumba, no estado de Borno, nordeste da Nigéria. O ataque, confirmado pelas autoridades locais, ocorreu nas proximidades do Lago Chade, uma área frequentemente usada como refúgio por grupos extremistas.
Usman Tar, comissário de informação do estado de Borno, afirmou que os jihadistas reuniram os agricultores e os mataram a tiros. “O governo ordenou que as tropas militares procurem e eliminem os insurgentes responsáveis pelo ataque”, destacou Tar.
Região sob risco constante
A área onde ocorreu o massacre é amplamente controlada por grupos insurgentes como o ISWAP e o Boko Haram, que utilizam o Lago Chade como base de operações. A região, além de estar repleta de minas terrestres, apresenta risco elevado de ataques noturnos.
Segundo relatos, os agricultores haviam ultrapassado os limites de segurança estabelecidos pelas forças militares para atividades agrícolas e de pesca. “Sem medidas de proteção adequadas, a área continua vulnerável a ações violentas”, afirmou o comissário.
Possível aumento no número de vítimas
Um relatório confidencial dos serviços de inteligência nigerianos, consultado pela AFP, alerta que o número de mortos neste ataque pode ultrapassar 100, embora até agora apenas 40 vítimas tenham sido confirmadas.
Conflito prolongado
O Boko Haram e o ISWAP têm sido responsáveis por mais de uma década de violência no nordeste da Nigéria, resultando em milhares de mortes e milhões de deslocados. O governo local e organizações internacionais enfrentam dificuldades em conter a insurgência jihadista, que continua a devastar comunidades inteiras.
AFP
