Os preços do petróleo registaram uma subida nesta terça-feira, 7 de janeiro, devido a preocupações relacionadas com o fornecimento da Rússia e do Irão, bem como à desvalorização relativa do dólar, que influenciou positivamente o mercado.
O barril de Brent, negociado em Londres para entrega em março, valorizou 0,98%, fixando-se nos 77,05 dólares. Já o West Texas Intermediate (WTI), referência nos Estados Unidos para entrega em fevereiro, registou um aumento de 0,94%, encerrando nos 74,25 dólares.
Segundo analistas do DNB, “a Arábia Saudita elevou ontem os preços oficiais de venda à Ásia para o mês de fevereiro acima das expectativas, o que poderá indicar uma oferta mais restrita do que o previsto por parte da Rússia e do Irão”.
Antes da tomada de posse do presidente eleito dos EUA, Donald Trump, marcada para 20 de janeiro, persiste a possibilidade de o governo cessante de Joe Biden implementar novas sanções contra a Rússia, com enfoque no setor petrolífero, o que está a contribuir para a valorização do crude. “Este cenário ajuda a sustentar os preços do petróleo”, explicou Tamas Varga, analista da PVM Energy.
Outro fator relevante é a fraqueza do dólar nos últimos dias, o que torna o petróleo mais acessível para investidores que operam com outras moedas. “Com a desvalorização da moeda norte-americana, o barril torna-se mais barato, fomentando um aumento dos preços”, salientou Stephen Schork, do Schork Group, em declarações à AFP.
Adicionalmente, os mercados estão a avaliar se as recentes medidas de estímulo económico adotadas pelo governo chinês serão suficientes para revitalizar a segunda maior economia mundial, que enfrenta dificuldades no setor imobiliário e um baixo nível de consumo interno.
Fonte: AFP