A Rádio Nacional de Angola noticiou hoje, sexta-feira, 3 de janeiro, que 48 passageiros vindos de Luau, na província do Moxico, ficaram retidos por 24 horas na Estação Surf Bay, no município de Caimbambo, em Benguela. A interrupção foi causada pela vandalização de parafusos nos carris da linha férrea no quilômetro BK48, na área da Mina Cango, o que comprometeu a segurança do trajeto.
Os passageiros, incluindo crianças e idosos doentes, ficaram sem acesso a alimentos e água durante a espera no comboio expresso 2400, que não possui infraestrutura para atender a situações de emergência. O clima de indignação entre os passageiros era evidente, com muitos apelando ao Conselho de Administração do Caminho de Ferro de Benguela (CFB) para melhorar as condições e evitar que episódios como este voltem a ocorrer.
“Partimos de Luau ontem às nove da manhã e até agora estamos parados nesta mata por causa dos parafusos retirados dos carris”, relatou um dos passageiros em declarações à Rádio Nacional de Angola.
O diretor comercial e de operações do CFB, Fábio de Carvalho, explicou que a paralisação foi uma medida de precaução, considerando o risco de acidentes. De acordo com Carvalho, o consórcio ALAR (Lubito Atlantic Railway), responsável pela infraestrutura ferroviária, comunicou o problema no troço BK48, localizado entre Cango e a Mina Cango. “Porcas e grampos foram retirados, e isso poderia ter causado uma tragédia se o comboio prosseguisse viagem”, afirmou.
O CFB destacou que está a intensificar os esforços para evitar novos atos de vandalismo e reforçar a segurança da linha férrea, além de trabalhar para melhorar a assistência aos passageiros em casos de emergência.
