Sábado, 7 de Dezembro, 2024

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Angola regista mais de 200 casos de tráfico humano na última década e reforça capacitação de agentes

Nos últimos dez anos, Angola contabilizou mais de 200 casos de tráfico de seres humanos, dos quais 50% das vítimas foram resgatadas e restituídas às suas famílias, segundo dados do Ministério da Justiça e Direitos Humanos.

Estes números foram destacados durante a abertura de uma formação de capacitação dos órgãos de defesa e segurança, promovida pelo Governo angolano em parceria com o Escritório das Nações Unidas contra Drogas e Crimes (UNODC). O evento visa fortalecer a resposta ao tráfico humano, um crime que, segundo Edvalda dos Santos, Directora Nacional dos Direitos Humanos, representa “uma das mais graves violações de direitos humanos”.

A formação, com duração de três dias, reúne agentes do Ministério do Interior, Serviço de Investigação Criminal, Direção de Investigação de Ilícitos Penais, Serviço de Migração e Estrangeiros, magistrados, entre outros. O objetivo é aprimorar competências e coordenar ações na luta contra este tipo de crime, que vem registando um aumento nas denúncias.

Parcerias regionais e internacionais
A colaboração com o UNODC foi enaltecida por Edvalda dos Santos, sublinhando o papel da organização na capacitação de agentes para lidar com o tráfico humano. Daia de Almeida, oficial de prevenção ao crime e justiça criminal do UNODC na África Austral, também enfatizou os desafios regionais relacionados ao tráfico de pessoas e ao contrabando de imigrantes, destacando iniciativas de cooperação entre Angola e Moçambique para enfrentar questões comuns.

Daia de Almeida anunciou ainda que o próximo relatório global sobre tráfico de pessoas, publicado pelo UNODC, será lançado em breve, fornecendo uma análise atualizada sobre a situação global e regional.

Compromisso contínuo
Angola reafirmou o compromisso de combater o tráfico de seres humanos, aprimorando a coordenação entre as instituições e promovendo a cooperação internacional. A formação é um passo importante para preparar os agentes que lidam diretamente com este crime e garantir uma resposta mais eficaz às violações dos direitos humanos.

Fonte: RNA

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