Domingo, 8 de Dezembro, 2024

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Presidente da Lituânia admite que queda de avião pode ter sido ato de sabotagem

O Presidente da Lituânia admitiu hoje que um eventual ato de “sabotagem” continua a ser uma possibilidade na investigação sobre a queda do avião de carga em Vílnius e que provocou a morte do piloto.

Presidente da Lituânia admite que queda de avião pode ter sido ato de sabotagem

Na segunda-feira, um avião de carga da companhia Swiftair que tinha descolado de Leipzig, ao serviço da empresa de transporte de mercadorias DHL, despenhou-se por razões desconhecidas numa zona residencial de Vílnius.

O acidente aéreo provocou a morte do piloto, de nacionalidade espanhola, e ferimentos nos restantes três membros da tripulação. 

O chefe de Estado, Gitanas Nauseda, disse hoje que é necessário que “a causa do acidente seja totalmente conhecida”, admitindo a possibilidade de sabotagem, apesar de ressalvar que as provas “são limitadas”.

Os investigadores recolheram até ao momento cerca de 20 testemunhos e contam com as informações das caixas negras do aparelho, além dos depoimentos dos três sobreviventes.

Após o acidente, a ministra dos Negócios Estrangeiros alemã, Annalena Baerbock, referiu-se a um possível “incidente híbrido”.

A “guerra híbrida” é um conceito de estratégia militar que cruza interferências políticas, guerra convencional, guerra irregular e uso combinado de meios cibernéticos ou eletrónicos, entre outros. 

Sobre as declarações da chefe da diplomacia alemã, o Presidente da Lituânia afirmou que Baerbock estava a responder à crescente “preocupação” da população alemã sobre o risco, admitido por várias instituições da Alemanha, de que engenhos explosivos pudessem ser escondidos nas entregas de correio.

“Este é um fenómeno novo e os políticos alemães estão aparentemente a responder às expectativas com retórica”, acrescentou Nauseda, sem detalhar.

Entretanto, prosseguem as análises aos destroços do avião.

O chefe da polícia de Vílnius, Arunas Paulauskas, está confiante de que a inspeção pode vir a ficar concluída nos próximos “dois ou três dias”, depois de toda a fuselagem ser removida.

Lusa

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