Segunda-feira, 23 de Dezembro, 2024

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Deputado MPLA desvaloriza críticas a políticas públicas de combate à fome

O deputado da MPLA, partido no poder em Angola, Virgílio Tchova desvalorizou hoje as críticas sobre falta de políticas públicas consistentes de combate à fome, considerando ser uma “preocupação constante” do Governo.

Deputado angolano desvaloriza críticas a políticas públicas de combate à fome

“Isto depende muito da perspetiva de quem diz. O Governo tem uma perspetiva, alguma sociedade civil tem outra perspetiva, precisamos é nos encontrar e termos um discurso em que todos nós percebamos o ponto de vista do outro, acho que o debate é esse”, disse hoje à Lusa Virgílio Tchova.

O deputado do Movimento Popular de Libertação de Angola (MPLA, partido no poder desde 1975) assegurou que a fome e pobreza são uma preocupação do Governo, refletida nos programas em curso para “minorar a questão da fome e da pobreza que o país tenha”.

“Isso é responsabilidade do Estado, a sociedade civil até pode contribuir com ideias, mas a responsabilidade para resolver a questão da fome e da pobreza nas nossas comunidades é responsabilidade do Estado”, referiu.

Falando à margem da cerimónia de abertura da “Conferência Nacional sobre Recursos Naturais: Fome e Riqueza”, o político do MPLA considerou a fome como um tema “perene e continuado”, acreditando que “nunca se vai acabar com a fome e pobreza”.

 Tchova, que aludiu a versículos bíblicos, sustentou: “Jesus disse uma vez que entre vocês haverá pobres, portanto penso que o mais importante é irmos melhorando a condição de vida das pessoas ao longo dos tempos”.

O também vice-presidente do grupo parlamentar do MPLA enalteceu a iniciativa do “Tchota Angola” – plataforma nacional de organizações da sociedade civil sobre a abordagem da gestão e exploração dos recursos naturais, considerando que esta solidifica o Estado democrático e de direito.

Assegurou, igualmente, que a problemática do combate à fome e a pobreza surge desde o período colonial, observando, contudo, que a fome, por vezes, não se traduz apenas em falta de comida.

“Isto não é de hoje, o combate da fome e pobreza vem desde o tempo colonial e às vezes a fome não é falta de comida, é também a instrução, é também a saúde, saneamento básico, portanto, a fome e pobreza são fenómenos que estão associados à vários fatores exógenos da vida das pessoas (…) e são essas questões de que o Estado tem vindo a se ocupar”, concluiu.

A conferência do “Tchota Angola”, que congrega em Luanda membros da sociedade civil provenientes de várias províncias do país, decorre até quinta-feira, no auditório da Paróquia de Nossa Senhora de Fátima.

Lusa

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