Goma, RDC – Um avanço significativo no processo de pacificação do leste da República Democrática do Congo (RDC) foi marcado nesta terça-feira, com o lançamento do mecanismo de verificação ad hoc reforçado. A cerimônia ocorreu na cidade de Goma, província de Kivu Norte, e foi coordenada pelo ministro das Relações Exteriores de Angola, Embaixador Teté António, reafirmando o papel central de Angola na mediação do conflito regional, liderada pelo Presidente João Lourenço.

Este mecanismo surge no contexto dos esforços diplomáticos angolanos para promover a paz e a reconciliação entre a RDC e o Ruanda, dois países que mantêm relações tensas há anos. O evento foi marcado pela presença inédita do Ministro dos Negócios Estrangeiros e Cooperação Internacional do Ruanda, Olivier Nduhungirehe, em solo congolês, um fato histórico que representa um passo em direção ao diálogo e à cooperação entre os dois países.
O mecanismo de verificação ad hoc reforçado é composto por 18 oficiais de ligação angolanos, além de três representantes da RDC e três do Ruanda. Este mecanismo visa monitorar e garantir o cumprimento do cessar-fogo, além de promover um clima de confiança entre as partes em conflito, especialmente nas áreas fronteiriças, onde as tensões têm sido mais intensas.
A instalação completa do mecanismo, com todos os seus membros operacionais, é vista como uma prioridade para que ele possa cumprir com o seu mandato de forma eficaz, monitorando o cessar-fogo e promovendo a estabilidade na região.
Sob a liderança do Presidente João Lourenço, Angola tem desempenhado um papel crucial na mediação do conflito entre a RDC e o Ruanda. Lourenço foi designado pela União Africana como “campeão africano da paz e reconciliação”, e este mecanismo reforçado é uma continuidade dos esforços diplomáticos angolanos na região, visando desanuviar as tensões e promover uma convivência pacífica.
A expectativa é que o mecanismo de verificação ad hoc reforçado ajude a fortalecer o diálogo entre a RDC e o Ruanda, contribuindo para uma solução duradoura e sustentável para os conflitos que afetam as comunidades fronteiriças.