Manuel Homem, novo ministro do Interior de Angola, foi apresentado ao Conselho Consultivo do Ministério no Instituto de Ciências Policiais e Criminais, destacando seu compromisso com uma gestão republicana, baseada no respeito aos cidadãos e no primado da lei. Durante o evento, o ministro sublinhou que sua administração será pautada pelo diálogo institucional, com foco na formulação de estratégias que respondam às orientações do Presidente da República, João Lourenço.

Manuel Homem reforçou a importância da segurança pública como prioridade, ao lado de áreas como saúde e educação. Destacou a necessidade de vigilância contínua para prevenir qualquer sensação de insegurança entre os cidadãos, reconhecendo o papel fundamental da Polícia Nacional, a quem manifestou respeito e apoio. Embora considere o uso da força uma parte inerente ao trabalho policial, ele enfatizou a preferência por meios não letais quando aplicáveis.
O ministro anunciou também um plano para modernizar e humanizar o Ministério do Interior, com foco na prevenção e combate ao crime organizado, na extensão do sistema de vigilância (CISP) em todo o país e na redução dos acidentes rodoviários. Atenção especial será dada à polícia de fronteira e à polícia marítima para reforçar a segurança nacional.
Em relação aos serviços penitenciários, Manuel Homem defendeu condições mais humanizadas para a ressocialização dos reclusos, sublinhando que, apesar da perda de liberdade, todos mantêm o direito à dignidade. Ele enalteceu o compromisso e a coragem dos agentes penitenciários que atuam em condições de risco.
Outro ponto de destaque foi o fortalecimento da capacidade de resposta do Serviço Nacional de Proteção Civil e Bombeiros, com melhorias na formação técnica e operacional e na capacidade de intervenção em emergências. Com a criação de novas províncias e municípios, o ministro afirmou que será essencial expandir os serviços do Ministério para atender às novas demandas territoriais.
Manuel Homem também sublinhou a importância da Caixa Social do Ministério, com foco especial na juventude e nas mulheres policiais, garantindo-lhes igualdade de oportunidades. Por fim, ele convocou a sociedade civil a participar ativamente da segurança pública, cooperando com as forças da ordem e denunciando atividades suspeitas para fortalecer a segurança das comunidades.